Análise da mortalidade infantil nas fronteiras do Arco Sul do Brasil, 2010-2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43392

Palavras-chave:

Mortalidade infantil; Saúde na fronteira; Vulnerabilidade em saúde.

Resumo

A Mortalidade infantil constitui um grave problema de saúde pública e está intimamente ligada as iniquidades no acesso a saúde e à qualidade da assistência prestada ao binômio mãe e filho. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a mortalidade infantil nos municípios de fronteira do Arco Sul do Brasil, no período de 2010-2020. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa nos 56 municípios da faixa de fronteira dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, realizado através da coleta de dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, no qual foram extraídas algumas variáveis maternas e infantis e, após a coleta, os dados foram analisados e tabulados em planilhas eletrônicas Microsoft Office Excel. Como resultado, identificou-se que os municípios fronteiriços dos estados analisados apresentaram Taxas de Mortalidade Infantil maiores que as de seus respectivos estados, com destaque para a fronteira do Rio Grande do Sul, que apresentou a Taxa de Mortalidade Infantil mais alarmante. Em relação a faixa etária, a Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce foi a de maior relevância epidemiológica. Concluiu-se que, a meta proposta pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável não foi atingida, mesmo com o decréscimo da mortalidade infantil no período analisado. Logo, ainda é preciso buscar melhorias na acessibilidade e qualidade da saúde à população fronteiriça.

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Publicado

01/10/2023

Como Citar

FERRER, M. G. A.; VIEIRA, A. B.; SILVA, J. F.; JANENE JUNIOR, J. .; SILVA, R. D. F. da . Análise da mortalidade infantil nas fronteiras do Arco Sul do Brasil, 2010-2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 10, p. e04121043392, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i10.43392. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43392. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde