Aspectos clínicos e laboratoriais da histoplasmose: uma revisão bibliográfica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4353

Palavras-chave:

Histoplasma capsulatum; Manifestações clínicas; Diagnóstico.

Resumo

A Histoplasmose é uma micose sistêmica, endêmica, de distribuição mundial, que é causada por meio, da inalação dos propágulos do Histoplasma capsulatum, no qual se aloja nos pulmões e posteriormente desencadeiam a infecção humana que pode se disseminar pelo organismo. Suas formas de manifestações clínicas variam de acordo com o grau de comprometimento do sistema imunológico do indivíduo. Diante disso, o presente trabalho, tem o objetivo de descrever os aspectos clínicos e laboratoriais da Histoplasmose, ao compreender que, nos dias atuais ainda ocorrem erros para identificar esta micose o que acarreta no avanço da mortalidade, sendo assim o diagnóstico precoce é essencial para a qualidade de vida do indivíduo. O estudo baseou-se em revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa e, do tipo exploratória. Devido a Histoplasmose se tratar de uma micose oportunista, com capacidade de acometer a diferentes órgãos e tecidos, se faz necessário a melhor capacitação dos profissionais, associada à aplicação das técnicas de diagnóstico corretas. Deste modo, conclui-se que, o diagnóstico realizado por meio das técnicas laboratoriais, como, o exame micológico, sorológico, histopatológico, molecular são fundamentais para o diagnóstico precoce e correto do indivíduo, o que contribuirá para uma melhor ação terapêutica.

Referências

Adenis A, Nacher M, Hanf M, Vantilcke V, Boukhari R, Blachet D, Demar M, Aznar C, Carme B, Couppie P. (2014). HIV-associated histoplasmosis early mortality and incidence

trends: from neglect to priority. Public Library of Science Neglected Tropical

Diseases, 8(8): 3100. Doi: 10.1371/journal.pntd.0003100.

Aidè, MA. (2009). Capitulo 4: histoplasmose. J. bras. Pneumol. vol.35, n.11, pp.1145-1151. ISSN 1806-3713. Doi: 10.1590/S1806-37132009001100013.

Àlvarez E, Amaro J & Villavicencio L. (2018). Histoplasma capsulatum:¿ un agente emergente para Chile?. Rev chilena de infectología, vol.35, n.3, pp.309-311. ISSN 0716-1018. Doi: 10.4067/s0716-10182018000300309.

Almeida MA. Validação de ensaio imunoenzimático (western blot) para o diagnóstico da Histoplasmose. (Tese). Fundação Oswaldo cruz. Instituto nacional de infectologia Evandro chagas. Mestrado em pesquisa clínica em doenças infecciosas. 2015.

Almeida, MD et al. (2016) Validation of western blot for Histoplasma capsulatum antibody detection assay. BMC Infect Dis 16, 87 (2016). Doi: 10.1186/s12879-016-1427-0.

Almeida, MA. (2019). et al. Role of western blot assay for the diagnosis of histoplasmosis in AIDS patients from a National Institute of Infectious Diseases in Rio de Janeiro, Brazil. Mycoses. 62(3):261-267. Doi: 10.1111/myc.12877.

Andrews C, Mathew J. (2018). The morning after rash: Erythema nodosum due to

emergency contraception. J Case Rep Images Med, 4:100045Z09CA. Doi: 10.5348/100045Z09CA2018CL.

Arechavalia A, Bianchi M, Messina F, Romero M, Negroni R, Santiso G. (2017). Usefulness of an elisa kit for the detection of Histoplasma capsulatum antigen in patients with aids. Rev Patrol Trop, 46(2), 135-45. Doi: 10.5216/rpt.v46i2.47418.

Akram SM & Koirala J. (2018). Histoplasmosis. StatPearls Publishing Disponivel em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK448185/#article-22910.s6>.

Azar M & Hage CA. (2017). Laboratory Diagnostics for Histoplasmosis. Journal of Clinical Microbiology, 55(6): 1612-20. Doi: 10.1128/JCM.02430-16.

Bauddha NK et al. Progressive disseminated histoplasmosis in an immunocompetent adult: A case report. Intractable & Rare Diseases Research. 2018; 7(2):126-29. Doi: 10.5582/irdr.2018.01022.

Brasil. (2010). Doenças infeciosas e parasitarias. Ministério da Saúde. Guia de bolso. 8º ed.

Brasil. (2018). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde- Departamento de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis do HIV/AIDS e das hepatites virais.

Cáceres DH, Samayoa BE, Medina NG, Tobón AM, Guzmán B, Mercado D, Restrepo A, Chiller T, Arathoon EE, Gómez BL. (2018). Multicenter Validation of Commercial Antigenuria Reagents To Diagnose Progressive Disseminated Histoplasmosis in People Living with HIV/AIDS in Two Latin American Countries. J Clin Microbiol. 25;56(6). pii: e01959-17. doi: 10.1128/JCM.01959-17.

Cano LE, Gonzalez A & Munoz, CO. (2010). Detecção e identificação de histoplasma capsulatum pelo laboratório: dos métodos convencionais aos testes moleculares. Infectar vol.14 suppl.2 Bogotá. Doi: 10.1590/S0037-86822009000200020.

Coelho EMM et al. (2014). Histoplasmose disseminada aguda como primeira

manifestação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. RevBras

Med, 71(1): 339-342. Doi:10.2676/S0065-8826286392747740000.

Correia FGS. (2012). Analise espacial dos casos de Histoplasmose disseminada associada a AIDS no município de Fortaleza. (Pós em saúde coletiva). Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina. Departamento de Saúde Comunitária. Mestrado em Saúde pública.

De D & Nath UK. (2015). Disseminated Histoplasmosis in Immunocompetent Individuals- not a so Rare Entity, in India. Mediterr J Hematol Infect Dis, 20;7(1): e2015028. Doi: 10.4084/MJHID.2015.028.

Fandiño-devia E et al. (2016). Antigen Detection in the Diagnosis of Histoplasmosis: A Metaanalysis of Diagnostic Performance. Mycopathologia, 181, p. 197–205. Doi: 10.1007/s11046-015-9965-3.

Falci, DR et al. (2017). Progressive disseminated histoplasmosis: a systematic review on the performance of non-culture-baseddiagnostic tests. Braz J Infect Dis, 21(1): 7-11. ISSN 1413-8670. Doi: 10.1016/j.bjid.2016.09.012.

Franco RAF, Díaz AG & Alonso ADJF. (2019). Chronic Progressive Disseminated Histoplasmosis in a Mexican Cockfighter. Images in Clinical Tropical Medicine, Jan. 92(1): 4-5. Doi: 10.4269/ajtmh.14-0086.

Fechine MAB. (2011). Histoplasmose em indivíduos hiv positivos no estado do Ceará: estudo clínico-epidemiológico e teste de sensibilidade antimicrobiana de cepas de histoplasma capsulatum var. capsulatum. (Pós graduação em ciências medicas). Universidade federal do Ceara. Faculdade de Medicina.

Furuie JL. (2014). Desenvolvimento de sonda cadeado para diagnóstico molecular de Histoplasma capsulatum baseado na técnica de amplificação em círculo rolante (RCA). (Pós em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia). Universidade Federal do Paraná.

Garfoot AL & Rappleye CA. (2016). Histoplasma capsulatum surmounts obstacles to intracellular pathogenesis. The FEBS journal, 283(4): 619-33. Doi: 10.1111/febs.13389.

Guarner J & Brandt ME. (2011). Histopathologic diagnosis of fungal infections in the 21st century. Clin Microbiol Rev. 24(2):247-80. Doi: 10.1128/CMR.00053-10.

Guedes GMM. (2018). Histoplasmose disseminada em pacientes com AIDS no estado do Ceara: aspectos epidemiológicos, diagnostico, e analise in vitro da sensibilidade antifúngica e do biofilme do Histoplasma capsulatum. (Pós graduação em micologia médica). Universidade Federal do Ceara – faculdade e medicina- departamento de patologia e medicina legal. Fortaleza.

Gonzalez HH et al. (2019). Disseminated Central Nervous System Histoplasmosis: A Case Report. Cureus, 11(3): e4238. Doi: 10.7759/cureus.4238.

Jain N et al. (2016). Fibrosing mediastinitis: when to suspect and how to evaluate?. BJR Case Rep, 2(1): 20150274. Doi: 10.1259/bjrcr.20150274.

Johnson LB, Tanveer F & Younas N. (2019).Chronic progressive disseminated histoplasmosis in a renal transplant recipient. Medical Mycology Case Reports, 23:53–4. Doi: 10.1016/j.mmcr.2018.12.006

Kandi V et al. (2016). Chronic Pulmonary Histoplasmosis and its Clinical Significance: an Under-reported Systemic Fungal Disease, 8(8): e751.Cureus. Doi: 10.7759/cureus.751.

Lima RC. (2013). Estudo dos fungos dimórficos Coccidioides podassi e Histoplasma capsulatum var. capsulatum: Caracterização laboratorial com ênfase no perfil de sensibilidade ao sesquiterpeno farnesol, in vitro. (Pós graduação em microbiológica clínica) - Universidade Federal do Ceara – Faculdade de Medicina- Departamento de patologia e medicina legal.

Lima MM et al. (2012) Histoplasmose disseminada com cavitação pulmonar, padrão miliar e acometimento laringotraqueobrônquico em paciente imunocompetente. Relato de caso. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd, 10(1): 61-4. Disponivel em:< http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2012/v10n1/a2672.pdf>. Acesso em: 03 mai.2020.

Melo LSM. (2019). Abordagem soroepidemiológica e multifatorial da histoplasmose: uma revisão sistemática. Instituto biomédico. Programa de pós-graduação em microbiologia e parasitologia aplicadas (ppgmpa).

Mineo JR. et al. (2016). Manual ilustrado de práticas laborais em imunologia. EDUFU.

Olivares LRC. (2015). Histoplasmose. Unidade de Micologia, Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Faculdade de Medicina, UNAM.

Oliveira AR & Rocha MS. (2017). Secretomas de fungos patogênicos humanos: uma interação patógeno- hospedeiro. Revista oswaldo cruz. Disponivel em:< https://oswaldocruz.br/revista_academica/content/pdf/Edicao_15_OLIVEIRA_Amanda_Rodrigues_de_-_ROCHA_Marcia_Santos.pdf>. Acesso em: 03 mai.2020.

Oliveira PB, Abreu MAMM & Mattos ALA. (2016). Importance of multidisciplinar approach in diagnosis of histoplasmosis. Anais Brasileiros de Dermatologia, 91(3). Doi: 10.1590/abd1806-4841.20163821.

Passos AN et al. (2014). Immunological assays employed for the elucidation of an histoplasmosis outbreak in São Paulo, SP. Braz J Microbiol, 45(4). Doi: 10.1590/S1517-83822014000400028.

Pereira, AS, Shitsuka, DM, Parreira, FJ & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Pizzini CV. (2013). Ferramentas proteômicas na identificação de novos alvos antigênicos na proteína M do Histoplasma capsulatum e aplicação em ensaios imunoenzimáticos. Tese (Doutorado em pesquisa clinica em doenças infecciosas) - Fundação Oswaldo Cruz - Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas – IPEC.

Ribeiro JF. (2012). Histoplasma Capsulatum var. capsulatum: taxa de conversão in vitro, detecção do gene ryp1 e estudo da diversidade genética de sepas brasileiras. Tese (Pós graduação em Microbiologia Clinica) - Departamento de Medicina e Patologia Legal – Faculdade de Medicina- Universidade Federal do Ceará.

Santos B et al. (2018). Molecular detection of Histoplasma capsulatum in insectivorous and frugivorous bats in Southeastern Brazil. Medical Mycology, 56(8), November. Doi: 10.1093/mmy/myx138.

Staffonali S et al. (2018). Acute histoplasmosis in immunocompetent travelers: a systematic review of literature. BMC Infectious Diseases, 18:673. Doi: 10.1186/s12879-018-3476-z.

Stancari RCA. (2013). Determinação da sensibilidade do teste de ELISA para pesquisa de Cryptosporidium spp. e Giardia spp. em amostras de águas brutas. Rev Inst Adolfo Lutz, 72(3): 234-8. Doi:10124/1453736-013.

Silva TC. (2013). Perfil epidemiológico dos pacientes com Histoplasmose disseminada associada a aids em Goiânia – GO. (Dissertação de mestrado do programa de pós – graduação em medicina tropical e saúde pública) Ministério da saúde. Universidade federal de Goiás – Instituto de patologia tropical e saúde pública.

Soares DA. (2012). Infecção por Histoplasma capsulatum em profissionais e estudantes de instituições saude de Fortaleza –CE. (Mestrado em saúde pública, epidemiologia). Departamento de saude comunitária da faculdade de Medicina da Universidade do Ceara.

Tobon A. (2012). Protocolo de estudio y manejo de histoplasmosis. Infectio, 16(Supl 3): 126-28. Doi: 10.1016/S0123-9392(12)70039-5.

Strock SB. et al. (2015). Fibrosing mediastinitis complicating prior histoplasmosis is associated with human leukocyte antigen DQB1*04:02 − a case control study. BMC Infect Dis, 15: 206. Doi: 10.67365/87328739.

Wheat LJ et al. (2016). Histoplasmosis. Infectious Disease Clinics of North America, 30(1):207-27. Doi: 10.1087/8047927-98.

Zanotti P. et al. (2018). Disseminated Histoplasmosis as AIDS-presentation. Case Report and Comprehensive Review of Current Literature. Mediterr J Hematol Infect Dis,.1.10(1): e2018040. Doi: 10.4084/MJHID.2018.040.

Downloads

Publicado

23/05/2020

Como Citar

OLIVEIRA, D. G.; FELIX, K. C. da S.; FARIAS, J. V. C.; FARIAS, I. C. C. Aspectos clínicos e laboratoriais da histoplasmose: uma revisão bibliográfica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e476974353, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4353. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4353. Acesso em: 8 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão