Avaliação e manejo da dor em unidade de terapia intensiva neonatal: Perspectiva da equipe de enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43566

Palavras-chave:

Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Manejo da dor.

Resumo

Este estudo objetivou identificar o conhecimento e as práticas da equipe de enfermagem acerca da avaliação e do manejo da dor de recém-nascidos admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva com abordagem qualitativa, cuja amostra final incluiu 21 sujeitos. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado a partir da plataforma google forms. De acordo com os resultados, as alterações mais apontadas frente à dor foram a expressão facial, agitação e choro, além da mudança dos sinais vitais. No que diz respeito à avaliação do processo doloroso, as escalas de avaliação utilizadas pela equipe incluem a NIPS e COMFORT-B. Quanto ao manejo da dor neonatal, referiu-se que as terapias analgésicas são utilizadas apenas em procedimentos específicos após avaliação da real necessidade, como nos casos de flebotomia, intubação orotraqueal, dreno de tórax e passagem de Cateter Central de Inserção Periférica (PICC). Já no que tange às medidas não farmacológicas, os profissionais citaram como rotina o emprego de medidas como o método canguru/contato pele a pele, posicionamento, técnica do charutinho e sucção não nutritiva. A equipe de enfermagem demonstrou considerar a importância do controle e tratamento deste sinal vital e suas possíveis repercussões a curto e longo prazo quando negligenciado. Evidenciou-se que alguns profissionais não utilizam e não percebem uma repercussão favorável na utilização das escalas, alegando ser suficiente apenas a avaliação subjetiva da equipe.

Referências

Bardin, L. (2016). Análise do Conteúdo. Edição 70.

Batalha, L. M. C. (2016) Avaliação da dor. ESEnfC.

Brasil. (2012a). Portaria n°930, de 10 de maio de 2012. Define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html

Brasil. (2012b). Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n º 466 de 12 de dezembro de 2012. (2012). Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Conselho Federal de Enfermagem. Brasília, DF. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Brasil. (2017). Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 564/2017, de 06 de novembro de 2017. Aprova o Código de Ética da Enfermagem. Brasília, DF. http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html

Carvalho, S.S., Soares, J. A., Pinheiro, J. A., & Queiroz, M. S. (2021). Percepção da equipe de enfermagem acerca da avaliação da dor em recém-nascidos prematuros. Rev Enferm Atenção Saúde. 10 (2), 1-13. https://doi.org/10.18554/reas.v10i2.4281

Costa, T., Rossato, L. M., Bueno M., Secco, I. L., Sposito, N. P. B., Harrison, D., & Freitas, J. S. (2017). Conhecimento e práticas de enfermeiros acerca do manejo da dor em recém-nascidos. 51, 1-8. http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2016034403210

Maciel, H. I. A., Costa, M. F., Costa, A. C. L., Marcatto, J. O., Manzo, B. F., & Bueno, M. (2019). Medidas farmacológicas e não farmacológicas de controle e tratamento da dor em recém-nascidos. Rev Bras Ter Intensiva. 31 (1), 21-26. 2019. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20190007

Marques, A. C. G., Lamy, Z. C., Garcia, J. B. S., Gonçalves, L. L. M., Bosaipo, D. S., Silva, H. D. C. & Filho, F. L. (2019). Avaliação da percepção de dor em recém-nascidos por profissionais de saúde de unidade neonatal. Caderno Saúde Coletiva. 27 (4), 432-436. https://doi.org/10.1590/1414-462X201900040156

Mcgraw, M. B. (1941). Neural Maturation as Exemplified in the Changing Reactions of the Infant to Pin Prick. Child Development. 12 (1), 31-42. 1941. https://doi.org/10.2307/1125489

McPherson, C., Miller, S. P., El-Dib 4, M., Massaro, A. N., & Inder, T. E. (2020). The influence of pain, agitation, and their management on the immature brain. Pediatric Research. 88(2):168-175. http://dx.doi.org/10.1038/s41390-019-0744-6

Merskey, H., & Bogduk, N. (2011) Classification of Chronic Pain: Descriptions of Chronic Pain Syndromes and Definitions of Pain Terms. International Association for the Study of Pain. Second Edition. IASP Press

Moretto, L. C. A., Perondi, E. R., Trevisan, M. G., Teixeira, G. T., Hoesel, T. C., & Costa, L. D. (2019). Dor no recém-nascido: perspectivas da equipe multiprofissional na unidade de terapia intensiva neonatal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR. 23 (1), 29-34. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v23i1.2019.6580

Moura, D. M., & Souza, T. P. B. (2021). Conhecimento da equipe de enfermagem de unidade de terapia intensiva neonatal sobre a dor do recém-nascido. Brazilian Journal of Pain. 4 (3), 204-9. http://dx.doi.org/10.5935/2595-0118.20210027

Oliveira, C. R., Santos, J. M. J., Guarda, L. E. D. A., Barbieratto, B. J., Dare, M. F., Leonello, D. C. B. & Leite, A. M. (2020). Manejo da dor neonatal em uma maternidade de risco habitual: perspectivas de profissionais líderes da equipe de saúde. Rev Min Enferm. https://doi.org/10.5935/1415-2762.20200018

Olsson, E., Ahl, H., Bengtsson, K., Vejayaram, D. N., Norman, E., Bruschettini, M., & Eriksson, M. (2021) The use and reporting of neonatal pain scales: a systematic review of randomized trials. Pain Journal Online. 162, n. (2), 353-360. https://doi.org/10.1097/j.pain.0000000000002046

Popowicz, H., Medrzycka-Dabrowska, W., Kwiecien-Jagus, K., & Kamedulska, A. (2021). Knowledge and Practices in Neonatal Pain Management of Nurses Employed in Hospitals with Different Levels of Referral—Multicenter Study. Healthcare. 9 (48), 1-15. https://doi.org/10.3390/healthcare9010048

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Feevale.

Rocha, V. A., Silva, I. A., Cruz-Machado, S. S., & Bueno, M. (2021) Procedimentos dolorosos e manejo da dor em recém-nascidos hospitalizados em unidade de terapia intensiva. Rev Esc Enferm USP. 55, 1-9. https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0232

Sarkaria, E. & Gruszfeld, D. (2022). Assessing Neonatal Pain with NIPS and COMFORT-B: Evaluation of NICU’s Staff Competences. Pain Research and Management. https://doi.org/10.1155/2022/8545372

Sharek, P. J., Powers, R., Koehn, A., & Anand, K. J. S. (2006). Evaluation and Development of Potentially Better Practices to Improve Pain Management of Neonates. American Academy of Pediatrics. 118 (2), 78-86. https://doi.org/10.1542/peds.2006-0913D

Soares, R. X., Sousa, M. N. A., Filho, J. L. S. A., Mariano, N. N. S., & Egypto, I. A. S. (2019). Dor em neonatos: avaliações e intervenções farmacológicas e não-farmacológicas. Rev. Ciênc. Méd. Biol. 18 (1), 128-134. https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i1.26603

Figueiredo, M. C. A., Silva, M. P. C., Rocha, N. H. G., Fialho, A. P. S., Rocha, J. B. A., & Contim D. (2022). Compreensão da dor do recém-nascido pré-termo pela equipe multiprofissional. Revista Enfermagem Atenção Saúde. 11(2), 2317-1154. https://doi.org/10.18554/reas.v11i2.5109

Silva, S. F., Rolim, K. M. C., Albuquerque, F. H. S., Santos, M. S. N., Pinheiro, M. C. D., & Frota, M. A. (2021). Intervenções não farmacológicas no controle da dor em recém-nascidos pré-termo: conhecimento da equipe de enfermagem. Revista Nursing. 24 (278), 5892-5896. https://doi.org/10.36489/nursing.2021v24i278p5892-5901

Tamez, R. N. (2017). Enfermagem na UTI Neonatal - Assistência ao Recém-nascido de Alto Risco. Guanabara Koogan.

Downloads

Publicado

22/10/2023

Como Citar

RAUPP, A. J. F. .; SCHERER, C. M. .; KRAUSE, G. C. . Avaliação e manejo da dor em unidade de terapia intensiva neonatal: Perspectiva da equipe de enfermagem . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 11, p. e28121143566, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i11.43566. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43566. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde