Avaliação e manejo da dor em unidade de terapia intensiva neonatal: Perspectiva da equipe de enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43566

Palavras-chave:

Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Manejo da dor.

Resumo

Este estudo objetivou identificar o conhecimento e as práticas da equipe de enfermagem acerca da avaliação e do manejo da dor de recém-nascidos admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva com abordagem qualitativa, cuja amostra final incluiu 21 sujeitos. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado a partir da plataforma google forms. De acordo com os resultados, as alterações mais apontadas frente à dor foram a expressão facial, agitação e choro, além da mudança dos sinais vitais. No que diz respeito à avaliação do processo doloroso, as escalas de avaliação utilizadas pela equipe incluem a NIPS e COMFORT-B. Quanto ao manejo da dor neonatal, referiu-se que as terapias analgésicas são utilizadas apenas em procedimentos específicos após avaliação da real necessidade, como nos casos de flebotomia, intubação orotraqueal, dreno de tórax e passagem de Cateter Central de Inserção Periférica (PICC). Já no que tange às medidas não farmacológicas, os profissionais citaram como rotina o emprego de medidas como o método canguru/contato pele a pele, posicionamento, técnica do charutinho e sucção não nutritiva. A equipe de enfermagem demonstrou considerar a importância do controle e tratamento deste sinal vital e suas possíveis repercussões a curto e longo prazo quando negligenciado. Evidenciou-se que alguns profissionais não utilizam e não percebem uma repercussão favorável na utilização das escalas, alegando ser suficiente apenas a avaliação subjetiva da equipe.

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Publicado

22/10/2023

Como Citar

RAUPP, A. J. F. .; SCHERER, C. M. .; KRAUSE, G. C. . Avaliação e manejo da dor em unidade de terapia intensiva neonatal: Perspectiva da equipe de enfermagem . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 11, p. e28121143566, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i11.43566. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43566. Acesso em: 6 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde