O uso de estatinas no tratamento de dislipidemia: Revisão bibliográfica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43679Palavras-chave:
Colesterol; Dislipidemia; Estatinas.Resumo
As dislipidemias são doenças de caráter multifatorial que podem ser diagnosticadas por meio da mensuração das concentrações plasmáticas de lipoproteínas importantes tanto para o transporte de colesterol quanto de triglicerídeos. O colesterol é um composto lipídico-esteroide complexo encontrado principalmente em gorduras animais e tem múltiplas funções no corpo. As estatinas são uma classe de medicamentos que inibem a enzima HMG-CoA redutase, e que ao reduzir a produção de colesterol, aumentam a expressão dos receptores da lipoproteína de baixa densidade (LDL), o que pode ajudar a diminuir os níveis de colesterol no sangue e reduzir o risco de doenças cardíacas. São os medicamentos mais prescritos para tratar a dislipidemia e reduzir os níveis de colesterol. O objetivo do presente trabalho é apresentar e os benefícios do tratamento de dislipidemia utilizando estatinas e discutir principais efeitos no organismo. O estudo é uma revisão bibliográfica sistemática de literatura onde foram selecionados artigos usando as plataformas do ScieLo, PubMed e Google Scholar e escolhidos para o espaço amostral da pesquisa apenas artigos publicados a partir do ano de 2018. Foi observado que o uso de estatinas pode ser considerado uma escolha apropriada apesar do seu uso poder estar associado a alguns riscos à saúde. Conclui-se que o uso de estatinas no tratamento da dislipidemia é eficaz e seguro devido a redução dos níveis de colesterol no sangue, impedindo a conversão da enzima HMG-CoA e melhorando o perfil lipídico dos pacientes, sendo importante avaliar cada paciente individualmente para determinar a melhor opção de tratamento.
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