Estratégias de prevenção e redução da violência obstétrica no Brasil: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43730Palavras-chave:
Violência obstétrica; Prevenção quaternária; Violência contra a mulher; Gravidez; Parto humanizado; Humanização da assistência.Resumo
Objetivo: identificação de estratégias inerentes à prevenção e mitigação dos casos de violência obstétrica no país. Métodos: revisão integrativa, a partir do exame de produções científicas publicadas nos últimos dez anos, contemplando os idiomas: Português, Inglês e Espanhol, selecionadas nas plataformas acadêmicas LILACS e SCIELO. Resultados: foram revisadas 15 produções científicas com data de publicação entre 2013 e 2023. Foram apontadas como principais medidas preventivas e redutoras da violência obstétrica: ingerências na formação e capacitação de profissionais de saúde; ações destinadas a informar e reforçar a autonomia e direitos das mulheres; qualificação de gestão em saúde participativa; humanização do parto; construção do plano de parto, preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS); observância do direito ao acompanhante; papel da enfermagem obstétrica; construção de Centros de Parto Normais (CPN); conscientização social e uso de tecnologias de informação; apoio dos movimentos de mulheres; desenvolvimento de pesquisas e dados sobre violência obstétrica; fomento à visibilização e responsabilização dos envolvidos e regulamentação do instituto, através de legislação federal. Conclusão: verifica-se indispensável o engajamento conjunto entre sociedade e governo para reduzir os casos de violência obstétrica em âmbito nacional, mediante distintas estratégias a serem implementadas, em combate à posicionamentos de resistência, que reforçam a invisibilidade do tema. A necessidade de romper com a violência obstétrica se pauta na construção de um modelo holístico de assistência ao parto, guiado pelo cuidado centrado na mulher, seguro e livre de quaisquer condutas que lhe retirem a beleza de experimentar a maternidade.
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