Perfil epidemiológico dos casos de sífilis em gestantes de 2014 a 2018 no estado do Piauí
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4382Palavras-chave:
sífilis; infecções sexualmente transmissíveis; gestação.Resumo
No Brasil, a sífilis tem se apresentado como uma epidemia pela sua grande incidência, e trata-se de uma patologia infectocontagiosa que vem sendo negligenciada na atenção à saúde. Quando diagnosticada na gestação denomina-se sífilis gestacional, e pode evoluir para parto prematuro, aborto espontâneo, óbito perinatal e sífilis congênita. O objetivo do artigo é descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes, entre 2014 e 2018 no Estado do Piauí a partir de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, documental, retrospectiva, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta dos dados equivale aos casos de sífilis em gestantes notificados no SINAN, no período de 2014 a 2018 no Estado do Piauí, sendo estes disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), tabulados pelo TABNET e processados no Microsoft Excel. Os dados foram analisados segundo as variáveis socioculturais e clínicas das gestantes: faixa etária, nível de escolaridade, idade gestacional, esquema de tratamento e classificação clínica. Nos resultados obtidos foram notificados 1.954 casos de sífilis em gestantes. Prevaleceu a faixa etária entre os 20 e 29 anos (49,3%). O 3º trimestre gestacional apresentou o maior número de notificações 808 (41,3%). Quanto à classificação clínica, prevaleceu a forma latente com 646 casos (33%). Conclui-se que nos últimos anos vem ocorrendo um aumento das notificações de sífilis em gestantes no Piauí, e que o estado necessita de apoio e planejamento para a adesão de estratégias de controle e erradicação dessa condição evitável e tratável.
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