Abelhas urbanas: As espécies sociais que habitam espaços verdes centrais de Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43842Palavras-chave:
Abelhas sem ferrão; Biodiversidade; Ninhos; Preservação.Resumo
Identificar as espécies de abelhas urbanas, caracterizá-las e publicizá-las é uma forma de contribuir com a preservação destes insetos. O presente trabalho teve como objetivo identificar as espécies de abelhas sociais que habitam áreas verdes urbanas e centrais de Poços de Caldas (Minas Gerais, Brasil) e identificar as espécies de árvores preferidas, determinar a altura dos ninhos e registrar a dinâmica do número destes entre 2018 e 2022. Para tal, após busca ativa e registro dos dados, incluindo fotografia, foi elaborado um mapa digital. Foram encontrados ninhos de Scaptotrigona bipunctata (os mais comuns), Nannotrigona testaceicornes, Tetragonisca angustula, Plebeia droryana e Apis mellifera. Estes foram encontrados em poucas espécies de árvores (Tipuana tipu, Jacaranda cuspidifolia, Cunninghamia lanceolata, Araucaria bidwillii e Taiwania cryptomerioides). Destas, apenas J. cuspidifolia é endêmica do Brasil e as preferidas foram T. tipu e C. lanceolata. S. bipunctata foi uma das espécies que apresentaram maior variação em altura de ninhos, contrastando com T. angustula, que prefere nidificar abaixo de 0,5 m ou de Apis e T. hyalinata, que preferem desenvolver seus ninhos em alturas maiores que 4 m. Entre os levantamentos de 2018 e 2022 percebeu-se uma diminuição do número de ninhos de abelhas T. angustula e um aumento nos de A. mellifera. A presença de abelhas nativas nas áreas verdes sugere que espaços semelhantes podem se tornar reservatórios destas espécies, colaborando para a sua preservação. Por outro lado, a presença simultânea de ninhos de A. mellifera sugere a necessidade de implementação de estratégias diferenciadas de desenvolvimento ambiental.
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