Toxina botulínica como modalidade terapêutica na cefaleia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43898Palavras-chave:
Toxinas botulínicas tipo A; Transtornos da cefaleia; Face.Resumo
A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, é um sintoma comum na prática médica que pode indicar problemas graves. Ela pode se manifestar de maneira episódica ou contínua, com diversos sintomas associados, incluindo náuseas, vômitos, sensibilidade a estímulos sensoriais, tonturas e irritabilidade. O diagnóstico da cefaleia envolve uma avaliação detalhada da história do paciente e exame físico, visando a categorização do tipo de cefaleia para determinar o tratamento adequado. O tratamento varia de acordo com fatores como histórico médico e intensidade da dor, e pode incluir uma variedade de medicamentos. Em casos de cefaleias primárias frequentes e debilitantes, o tratamento preventivo é indicado. Recentemente, a toxina botulínica foi aprovada pela ANVISA como opção preventiva para enxaqueca quando as crises são frequentes e prejudicam a qualidade de vida. Além das opções medicamentosas, abordagens não medicamentosas, como acupuntura, homeopatia, hipnoterapia e ajustes no estilo de vida, são recomendadas como medidas preventivas. A toxina botulínica, derivada da bactéria Clostridium botulinum, é composta por diferentes tipos, sendo o tipo A usado para tratar enxaqueca. Ela atua enfraquecendo a musculatura e proporcionando alívio da dor, sugerindo um impacto direto nos mecanismos da dor. Portanto, a eficácia do tratamento de enxaqueca com toxina botulínica é um tópico de interesse neste estudo. Diante disso, este estudo de revisão narrativa da literatura tem como objetivo analisar a produção científica sobre o tratamento da enxaqueca por meio da aplicação da toxina botulínica.
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