Números de casos e perfil epidemiológico da sífilis congênita na Décima Regional de Saúde do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43987Palavras-chave:
Sífilis congênita; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Notificação de Doenças; Infecção por treponema.Resumo
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico de sífilis congênita na Décima Regional de Saúde do Estado do Paraná. Métodos: O estudo foi realizado entre Janeiro de 2012 a Dezembro de 2021, incluindo 25 municípios e dados secundários coletados através do sistema de informação de agravos de notificação, SINAN, o qual compõe a plataforma DataSus/TabNet. Foram observados cerca de 200 casos diagnosticados de sífilis congênita durante esse período, no qual 4 casos foram dados como natimorto/aborto e 24 casos foram descartados como sífilis, posteriormente. Diante disso, notou-se que 2018 foi o ano que mais apresentou diagnósticos da doença, sendo Cascavel a cidade de maior casos notificados e Vera Cruz do Oeste a municipalidade com maior taxa de incidência (11,89 casos/1000 nascidos vivos). Além disso, identificou-se um predomínio em gestantes de raça branca, com faixa etária de 20-24 anos de idade e Ensino Médio Incompleto, no qual a maioria realizaram o pré-natal e teve seu diagnóstico durante este mesmo período, ademais, grande parte de seus parceiros não prosseguiram com tratamento adequado. Então, este estudo contribuiu para uma compreensão mais abrangente do perfil epidemiológico da sífilis congênita no Paraná, evidenciando áreas de apreensão e provendo dados imprescindíveis que embasam a concepção de políticas de saúde efetivas, voltadas para a redução dos efeitos adversos dessa doença debilitante sobre a coletividade.
Referências
Aragão J. (2011). Introdução aos estudos quantitativos utilizados em pesquisas científicas. Revista Práxis. 3(6), 59-62.
Araújo, C. L. et al. (2012). Incidência da sífilis congênita no Brasil e sua relação com a estratégia saúde da família. Revista Saúde Pública. 46(3), 479-86.
Brasil, Ministério da Saúde. (2023). Sífilis. Secretaria da Saúde do Estado do Paraná. Curitiba. https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Sifilis#:~:text=A%20s%C3%ADfilis%20cong%C3%AAnita%20%C3%A9%20uma,sexual%2C%20para%20evitar%20a%20transmiss%C3%A3o.
Brasil, Ministério da Saúde. (2015). Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf.
Brasil, Ministério da Saúde. (2017). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico - Sífilis. Brasília. https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/81531/Boletim+epidemiol%C3%B3gico+S%C3%ADfilis+2017+%E2%80%93+Minist%C3%A9rio+da+Sa%C3%BAde.pdf/e02b9901-0cad-bcff-c867-260c5e73551f?t=1648964446392.
Brasil, Ministério da Saúde. (2022). Manual de Gestação de Alto Risco. 225. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gestacao_alto_risco.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. (2022). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico - Sífilis. Brasília. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022.
Cavalcante, A. N. M. et al. (2019). Fatores associados ao seguimento inadequado de crianças com sífilis congênita. Revista Saúde Pública. 53, 95.
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). (2015). Penicilina benzatina para prevenção da Sífilis Congênita durante a gravidez. Relatório de Recomendação. 150, 6-7.
Cooper, J. M. et al. (2016). In time: the persistence of congenital syphilis in Brazil - More progress needed! Revista Paulista de Pediatria. 34(3), 251-3.
Figueiredo, D. C. M. M. et al. (2020). Relação entre oferta de diagnóstico e tratamento da sífilis na atenção básica sobre a incidência de sífilis gestacional e congênita. Cad Saúde Pública. 36(3).
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). IBGE. https://www.ibge.gov.br/
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). Características gerais dos domicílios e dos moradores 2022: PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. IBGE. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102004_informativo.pdf
Lago, E. G. et al. (2004). Congenital syphilis: identification of two distinct profiles of maternal characteristics associated with risk. Brazilian Journal of Sexually Transmitted Diseases. 31(1), 33-37.
Macêdo, V. C. et al. (2017). Risk factors for syphilis in women: case-control study. Revista Saúde Pública. 51, 78.
Ministério da Saúde. (2021). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis. Brasília. https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/publicacoes/2021/manual-tecnico-para-o-diagnostico-da-sifilis.
Moreira G. B. C. et al. (2021). Adolescentes e as Infecções Sexualmente Transmissíveis: Comportamentos de Risco e Fatores Contextuais que Contribuem para o Aumento da Incidência no Brasil. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas. 5(1), 59-66.
Nascimento, M. I. et al. (2012). Gestações complicadas por sífilis materna e óbito fetal. Rev Bras Ginecol Obstet. 34(2), 56-62.
Nurse-Findlay, S. et al. (2017). Shortages of benzathine penicillin for prevention of mother-to-child transmission of syphilis: An evaluation from multi-country surveys and stakeholder interviews. PLoS medicine. 14(12), e1002473.
PAHO (Pan American Health Organization). (2015). Elimination of Mother-to-Child Transmission of HIV and Syphilis in the Americas. Washington, DC.
Pandolfi, P. E. et al. (2017). Rotinas em Obstetricia (7th ed). Artmed.
Salgado, C. S. S. (2018). Patologia das Doenças. Atena. 1(1).
Saraceni, V. et al. (2017). Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil. Rev Panam Salud Publica.
Torres, R. G. et al. (2019). Syphilis in Pregnancy: The Reality in a Public Hospital. Rev Bras Ginecol Obstet. 41(2), 90-6.
Vázquez-Campuzano, R. et al. (2014). Doce años de experiencia en el diagnóstico de sífilis en México. Gaceta medica de Mexico. 150(1), 5-10.
World Health Organization. (2013). Laboratory diagnosis of sexually transmitted infections, including human immunodeficiency vírus. World Health Organization. 122-127. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diagnostico_laboratorial_doencas_sexualmente_transmissiveis.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Gabriel Hayashi Ferrari; Daniel Mainar Mombelli; Eloisa Carvalho de Castro; Karoline Novaes de Castro; Marianne Fávaro Calixto da Silva; Rubens Griep
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.