Análise das notificações de receitas de medicamentos sujeitos ao controle especial na cidade de Cascavel – Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.44104Palavras-chave:
Legislação; Receitas médicas de controle especial; Notificação de receita; Psicotrópicos.Resumo
Introdução: A presente pesquisa propõe analisar as notificações de receitas de medicamentos sujeitos ao controle especial, das listas A, conforme a Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998 em farmácias de dispensação, entregues à Vigilância Sanitária (VISA) da cidade de Cascavel – Paraná. Objetivos: Verificar se as normas estabelecidas pela portaria estão sendo cumpridas pelos estabelecimentos farmacêuticos e profissionais prescritores. Métodos: Pesquisa estatística de caráter descritivo com abordagem quantitativa, a partir do levantamento de dados de 762 notificações de receitas de controle especial, do mês de dezembro de 2022. Resultados e discussão: Das receitas analisadas, 99 (12,84%) pertenciam à classe A1, 667 (86,51%) à classe A3, e 9 (1,16%) eram ilegíveis e foram desconsideradas. O medicamento mais prescrito foi o Metilfenidato, seguido pela Lisdexanfetamina. A falta de dados completos nas receitas foi evidente, com apenas 34 das 762 receitas analisadas estando completas. Os psiquiatras foram os que mais prescreveram, seguidos de neuropediatras e neurologistas. A identificação das prescrições também apresentou falhas, com o endereço do paciente sendo o campo mais problemático. A ilegibilidade das informações relacionadas à quantidade (mg) e posologia também foi uma preocupação, já que isso pode levar a erros no tratamento farmacológico. Conclusão: Os estabelecimentos farmacêuticos e prescritores estão cumprindo a normativa de forma parcial, exceto nos campos de endereço, data de dispensação. Identificação de comprador e de fornecedor também são elementos que devem ser mais bem observados e registrados, visando assegurar a regulamentação e a segurança da prescrição.
Referências
Amaral, A. G. S., Holanda, F. A. C. L., Castro, T. M., Ferreira, A. S., Oliveira, F. F. F., Rolim Neto, P. J., & Silva, R. M. F. (2019). Análise de prescrições irregulares em uma rede de farmácias do Recife. Revista de APS, 22(2), 251-264.
Andrade, M. F., Andrade, R. C. G., & Santos, V. (2004). Prescrição de psicotrópicos: avaliação das informações contidas em receitas e notificações. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 40(4), 471-480.
Arruda, E. L., Morais, H. L. M. N., & Partata, A. K. (2012). Avaliação das informações contidas em receitas e notificações de receitas atendidas na farmácia do CAPS II Araguaína-TO. Revista Científica do ITPAC, 5(2), 4-14.
Bilitardo, I. O., Orrutia, V. F. B., Jesus, G. M, Sanchez, F. C., & Ortiz, B. B. (2017). Análise do uso de metilfenidato por vestibulandos e graduandos de medicina em uma cidade do estado de São Paulo. Debates em Psiquiatria, 7(6), 6-13. https://doi.org/10.25118/2236-918X-7-6-1
Caldas, A., Almeida, B., Jesus, D., Aguiar, E., Rodrigues, T., & Lima Júnior, E. (2017). Avaliação de prescrições em uma drogaria localizada no município do Rio de Janeiro – RJ. Revista Presença, 3(7), 31-53. https://revistapresenca.celsolisboa.edu.br/index.php/numerohum/article/view/101
Cerqueira, N. S. V. B., Almeida, B. do C., & Cruz Junior, R. A. (2021). Uso indiscriminado de metilfenidato e lisdexanfetamina por estudantes universitários para aperfeiçoamento cognitivo. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências e Educação, 7(10), 3085–3095. https://doi.org/10.51891/rease.v7i10.3014
Cesar, E. L. R., Wagner, G. A., Maia, J. M. C., Silveira, C. M., Andrade, A. G., & Oliveira, L. G. (2012). Uso prescrito de cloridrato de metilfenidato e correlatos entre estudantes universitários brasileiros. Archives of Clinical Psychiatry, 39(6), 183-190.
Leal, A. J. M., Gois, J. N. M. de, & Nunes, L. E. (2020). Análise de prescrições de substâncias sujeitas à controle especial e antimicrobianos em uma farmácia comunitária de Campo Grande/RN. Research, Society and Development, 9(9), e165996836. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6836
Lemos, G. S., Mota, I. V. R., Nascimento, L. E. S., Cardoso, R. A., & Lemos, L. B. (2020) Medicamentos de controle especial: uma análise dos erros de medicação e indicadores de prescrição. Eletronic Journal of Pharmacy, 13(1), 45-54.
Lima, T. A. M., Toledo, G. A., Godoy, M. F. (2019). Estudo da utilização de metilfenidato em uma unidade básica de saúde. Archives of Health Sciences, 26(1), 51-54. https://doi.org/10.17696/2318-3691.26.1.2019.1285
Maciel, F. D., Fonseca, M. E., Franco, J. V. V., Azeredo, J. P. S., de Lima, A. M., & de Almeida, Leal, J. P. D. J. S. (2023). Segurança e eficácia do dimesilato de lisdexanfetamina em transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: uma revisão literária. Research, Society and Development, 12(2), e28412240259-e28412240259.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Pinheiro, M. T. R. S., de Souza, S. S. S., Almeida, P. H. R. F., Lemos, L. B., & da Silveira Lemos, G. (2016). Falhas e erros em notificações de receitas de metilfenidato dispensadas em uma farmácia comunitária. Revista InterScientia, 4(2), 58-66.
Rodrigues Filho, J. A. A. (2021). Análise de prescrições de psicotrópicos em uma farmácia de Cruz das Almas. Monografia, Faculdade Maria Milza.
Rodrigues, L. D. A., Viana, N. A. O., Belo, V. S., Gama, C. A. P. D., & Guimarães, D. A. (2022). Uso não prescrito de metilfenidato por estudantes de uma universidade brasileira: fatores associados, conhecimentos, motivações e percepções. Cadernos Saúde Coletiva, 29, 463-473.
Rodrigues, M. G. A. (2017). Avaliação de receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos: uma revisão da literatura. Monografia, Faculdade Maria Milza.
Santos, C. V. N., Miranda, D. O., & Tormin, C. V. (2022). Avaliação de prescrições de medicamentos controlados em uma farmácia comercial do município de Luziânia - Goiás. Real Repositório Institucional, 1(1), 1-21.
Servin, E. T. N., Filipe, L. N. S. M., da Cunha Leal, P., de Oliveira, C. M. B., Moura, E. C. R., & de Sousa Gomes, L. M. R. (2020). A crise mundial de uso de opióides em dor crônica não oncológica: causas e estratégias de manejo e relação com o Brasil. Brazilian Journal of Health Review, 3(6), 18692-18712.
Silva, M. M., Barbosa Filho, J. R. S., da Silva Nunes, M., & de Souza Corrêa, L. H. (2022). Erros de prescrição de medicamentos no âmbito hospitalar dos analgésicos opioides: revisão sistêmica. Brazilian Journal of Health Review, 5(3), 8472-8487.
Silva, T. O., & Iguti, A. M. (2013). Medicamentos psicotrópicos dispensados em unidade básica de saúde em grande município do estado de São Paulo. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, 1(1), 2004-2015.
Souza, B. O., Soares, V. D. M., Miranda, D. B., Macêdo, C. S., & Lemos, G. da S. (2021). Psicotrópicos: erros de prescrição e dispensação em farmácia de unidade básica de saúde. Revista Saúde.Com, 17(4), 2427-2435. https://doi.org/10.22481/rsc.v17i4.9461
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Samara de Matia Zatta; Claudinei Mesquita da Silva; Mirian Cristina Pereira Silva; Rozane Aparecida Wichoski Campiol; Luiz Alberto Santos; Leyde Dayane de Peder
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.