Os impactos do programa fisioterapêutico domiciliar de reabilitação para pacientes com doença de Parkinson
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44441Palavras-chave:
Atendimento domiciliar; Fisioterapia; Doença de Parkinson; Idoso.Resumo
Introdução: A Doença de Parkinson é um distúrbio crônico neurodegenerativo, cuja prevalência vem se tornando um grande problema de saúde pública associado ao envelhecimento. A fisioterapia é uma modalidade de tratamento reconhecida pela melhora da funcionalidade dos indivíduos, mas poucos são os estudos que a avaliam quando aplicada de forma domiciliar. Objetivos: investigar os efeitos de um programa fisioterapêutico domiciliar de reabilitação para pacientes com doença de Parkinson. Métodos: é um estudo de intervenção terapêutica, realizado entre julho e novembro de 2022. Esse trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFPA. Vinte e três participantes foram avaliados antes e depois de 12 sessões por uma ficha de avaliação composta por anamnese, exame físico e uma ficha composta Escala Hoehn & Yahr (EH&Y), Teste Time Up and Go (TUG), Teste de Sentar e Levantar - 5 vezes (TSL), International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), Brazilian OARS (BOMFAQ) e o Questionário da Doença de Parkinson - 39 questões (PDQ-39). Resultados: 88% dos pacientes foram classificados na EH&Y como grau I ou III. 16 idosos (68% do sexo masculino e 32% do sexo feminino) concluíram o tratamento. A intervenção teve forte significância estatística no TUG, TSL e BOMFAQ (p=0.00) e PDQ-39 (p=0.01). Não houve relevância estatística nos dados coletados com o IPAQ (p=0.31). Conclusão: Na população observada, o protocolo de reabilitação domiciliar foi eficaz na melhora da marcha, a força de membros inferiores, a realização de atividades de vida diária e a qualidade de vida.
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