Estudo sobre ocorrências e fatores de risco para infecção do sítio cirúrgico em cirurgias e após internação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44451Palavras-chave:
Hipoxia; Fibrina; Próteses; Implantes.Resumo
Introdução: O artigo aborda a cirurgia como um mecanismo de risco, destacando a ruptura do primeiro meio de defesa do organismo e o consequente aumento da probabilidade de infecções. A preocupação é acentuada pela alta taxa de morbimortalidade e custos significativos associados a tais infecções, impactando a economia e a qualidade de vida dos pacientes. Metodologia: A pesquisa consiste em uma revisão sistemática de literatura, analisando artigos dos últimos dez anos sobre infecções em sítios cirúrgicos nas diversas especialidades cirúrgicas e após internação hospitalar. Utilizou-se um método hipotético/dedutivo com abordagem quantitativa, consultando bases de dados como LILACS e SCIELO. Resultados e Discussão: Um estudo nacional identificou uma taxa de infecção no local cirúrgico de 11%. A maioria das amostras indicou um índice abaixo de 10%, sugerindo uma redução dessas infecções no Brasil. Porém, surgiu a hipótese de subnotificação desses casos. Observou-se que o monitoramento da ocorrência de infecções no local cirúrgico se limita, em muitos hospitais brasileiros, ao tempo de internação, sem acompanhamento sistemático pós-alta. Destacou-se o Staphylococcus aureus como o microrganismo mais comum em infecções do sítio cirúrgico. Conclusão: O estudo conclui que o monitoramento contínuo e a divulgação de dados sobre infecções são vitais para a melhoria da segurança cirúrgica do paciente. Enfatiza-se a necessidade de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes, incluindo vigilância epidemiológica e acompanhamento pós-alta. A pesquisa aponta para a importância de intervenções futuras para que o conhecimento adquirido por toda a equipe cirúrgica seja utilizado em benefício da segurança dos pacientes.
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