Uso de esplintagem em dentes primários traumatizados: Uma revisão sistemática de relatos de casos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44467Palavras-chave:
Esplintagem; Trauma dentário; Crianças.Resumo
O objetivo deste estudo foi explorar o uso da esplintagem no manejo da dentição decídua traumatizada em relatos de casos publicados na literatura. Foram realizadas buscas sistemáticas nos principais bancos de dados de saúde para identificar relatos de casos (a) com crianças que apresentavam trauma na dentição primária e (b) àqueles que descreviam quaisquer resultados relacionados ao uso da esplintagem no tratamento de dentes primários traumatizados. Foram empregadas as etapas de seleção de estudos, extração de dados e análise de risco de viés. Foi realizada uma análise descritiva dos dados. O relato das informações desta revisão foi baseado nas diretrizes PRISMA 2020. Do número total de estudos inicialmente encontrados (n=246), oito eram relatos de casos. Foram relatados os resultados da imobilização com tala em dentes primários com luxação (intrusão, extrusão, deslocamento lateral), fratura de raiz intra-alveolar e/ou fratura alveolar. Todos os relatos de casos descreveram a imobilização com esplintagem como uma técnica viável para imobilizar dentes primários traumatizados, independentemente do tipo de lesão dentária traumática (TDIs) e da técnica de imobilização utilizada. Apenas um relato de caso verificou a eficácia da esplintagem no tratamento do trauma dentoalveolar e demonstrou a eficácia clínica da abordagem contentiva. Com base em estudos de baixa evidência e com moderado risco de viés, observou-se que o uso da esplintagem no manejo de fraturas do osso alveolar e fraturas radiculares intrusivas, e em casos específicos de dentes com luxação lateral, pode trazer benefícios adicionais para a saúde dento-alveolar de dentes primários traumatizados.
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