Índices de mortalidade materna entre os anos de 2016 a 2020: A partir da Pandemia por COVID-19 na Região Norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44482Palavras-chave:
Mortalidade materna; Pandemia; SARS-CoV-2.Resumo
Em dezembro de 2019, iniciou na China a doença do SARS-CoV-2, em 2020 foi considerada pandemia pela Organização Mundial da Saúde. O sistema imunológico combate infecções como a COVID-19, contudo na gestação há um comportamento atípico da imunidade para manter o adequado desenvolvimento fetal, as gestantes integram o grupo de risco da COVID-19. O objetivo do presente estudo foi analisar os índices de mortalidade materna no contexto da Pandemia por SARS-CoV-2, na Região Norte brasileira. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, retrospectivo e analítico, acerca da mortalidade materna entre os anos de 2016 a 2020 e 2019 a 2020, no contexto de COVID-19 na Região Norte brasileira, usou-se dados da literatura em saúde e os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. No período analisado, ocorreram 1211 óbitos maternos na Região, destacam-se os estados do Pará (49%) e Amazonas (26%), apesar das variações anuais, as proporções entre os estados pouco eram alteradas, a média entre os anos de 2016 a 2020. Observa-se um aumento de 133% de óbitos maternos indiretos no ano de 2020 em relação ao de 2019. De acordo com a análise do estudo, aumentou a taxa de mortalidade obstétrica em 2020, período inicial da pandemia, com destaque para os estados de Roraima e Amapá que obtiveram o maior aumento percentual, além disso os óbitos maternos por causas indiretas aumentaram indiretas em 2020 em relação aos anos anteriores analisados, atribuído à Pandemia.
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