Influência da inserção do pré-natal do parceiro no número de casos de Sífilis Congênita no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44506Palavras-chave:
Sífilis congênita; Pré-natal do parceiro.Resumo
A Sífilis Congênita é a infecção do feto pelo Treponema pallidum, transmitida predominantemente por via transplacentária, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença, em gestante não tratada ou inadequadamente tratada. Trata-se de uma doença evitável e curável, de estreita relação à qualidade do pré-natal, com baixo custo para o diagnóstico e tratamento e que geram complicações de custo muito alto para os serviços de saúde e para a família. Medidas como o pré-natal do parceiro, implementado em 2017, em que é realizado teste treponêmico ou o não treponêmico para a detecção de Sífilis, pode funcionar como um fator importante para a redução do número de casos de Sífilis Congênita visando o tratamento do parceiro e a não reinfecção da gestante. Portanto, nesse trabalho foi avaliado, através de dados publicados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), o impacto do Pré-Natal do parceiro em números absolutos de Sífilis Congênita nas 05 regiões do Brasil, comparando dados antes e depois da implementação do programa com o objetivo de avaliar sua influência sobre o número de casos de Sífilis Congênita. Com esse projeto, foi possível avaliar que o pré-natal do parceiro se mostra ainda pouco efetivo como medida de diminuição nos números de casos de Sífilis Congênita no Brasil.
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