Ataques de animais peçonhentos no Pará: Correlação entre óbitos e soroterapia no contexto da urgência e emergência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.44684

Palavras-chave:

Animais peçonhentos; Soroterapia; Tempo de reação; Zona rural.

Resumo

Os ataques por animais peçonhentos consistem em uma problemática importante para saúde pública, sobretudo em regiões predominantemente rurais, as quais são mais sujeitas a conter um maior número desses animais. Assim, são necessários eficazes protocolos em caso de ataques de animais peçonhentos, uma vez que a soroterapia é o tratamento mais indicado e os soros precisam estar disponíveis no momento do atendimento a essas vítimas. A seguinte produção tem como objetivo correlacionar a evolução do caso de pacientes vítimas de ataques por animais peçonhentos com o tempo entre o ataque e o atendimento, bem como à aplicação da soroterapia, especificamente no estado do Pará. É um estudo quantitativo, analítico, observacional e transversal, no qual foram utilizados dados sobre ataques de animais peçonhentos de 2013 até 2022 no estado do Pará coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foi verificado que os melhores prognósticos estavam entre os pacientes que procuraram atendimento médico com uso da soroterapia de 1 a 3 horas após a picada, evoluindo para cura total, enquanto os que procuravam atendimento 6 horas após a picada possuíam maiores índices de óbito. Além disso, apesar da irregularidade dos casos no período analisado, o fator tempo de atendimento após a picada, aliado com o uso da soroterapia, representou melhores prognósticos, com taxas de cura total de aproximadamente 84% com o tempo de resposta ideal sendo de 1 hora após o ataque.

Referências

Alves, B. (2010). Picadas de insetos e animais peçonhentos – parte 1. Biblioteca Virtual em Saúde.

Bomfim, V. V. B. D. S., Santana, R. L., & Guimarães, C. D. (2021). Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na Bahia de 2010 a 2019. Research, Society and Development. 10(8): e38710817113.

Brasil. (2001). Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/aguas-vivas-e-caravelas/materiais-e-multimidia/manual-de-diagnostico-e-tratamento-de-acidentes-por-animais-peconhentos.pdf/view. Acesso em: 03 nov. 2023.

Brasil. (2022). Situação Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-ofidicos/situacao-epidemiologica. Acesso em: 29 ago. 2023.

Casal, R., et al. (2021). Características clínico-epidemiológicas dos acidentes ofídicos em um hospital da Amazônia peruana. Revista Cubana de Medicina Militar. 50(1), e0210975.

Cheung, R., et al. (2017). Acidentes por animais peçonhentos na região dos lagos, Rio de Janeiro, Brasil. Brasil. Journal Health NPEPS. 2(1), 73-87.

Estrela, C. (2018). Metodologia científica: ciência, ensino e pesquisa. (3a ed.), Artes Médicas.

Gonçalves, J. E., et al. (2020). Acidentes por animais peçonhentos: uma análise do perfil epidemiológico na região Nordeste do Brasil no período de 2010 a 2019. Research, Society and Development. 9(10), e4679108843–e4679108843.

Lima, M. F. C., & Barreto, S. M. (2003). Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 12(4), 1-22.

Lopes, L. D., et al. (2020). Perfil clínico e epidemiológico de vítimas de acidentes por animais peçonhentos em Santarém – PA. Journal Health NPEPS. 5(2):1-11.

Moreira, W. C., et al. (2022). Aspectos epidemiológicos dos acidentes por animais peçonhentos no nordeste brasileiro. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online. 14(2), 1-8.

Mota, D. A. da et al., (2024). Acidentes por animais peçonhentos: Importante problema de saúde pública em um município do estado do Pará na Amazônia brasileira. Research, Society and Development. 13 (1): e9113144784-e9113144784.

Navarro, J. G., et al. (2022). Acidentes por animais peçonhentos no Estado do Paraná, Brasil. Revista de Saúde Pública do Paraná. 5(4), 1-15.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia de pesquisa científica. Uab/Nte/Ufsm.

Pucca, M. B., et al. (2022). Editorial: Immune responses and immune mechanisms triggered by snake and scorpion venoms. Frontiers in Immunology. 13(13):2-22.

Rodriguez, M. F. G., Sales, A. G., Vieira, B. M. S., et al. (2023). Perfil epidemiológico dos acidentes causados por serpentes peçonhentas em Palmas - TO nos anos de 2020 a 2022. Brazilian Journal of Health Review. 6(3), 10959-10967.

Salomão, M. da G. (2018). Epidemiologia dos acidentes por animais peçonhentos e a distribuição de soros: estado de arte e a situação mundial. Revista de Salud Pública. 20(4), 523-529.

Santana, C. R., et al. (2020). Avaliação do uso de soros antivenenos na emergência de um hospital público regional de Vitória da Conquista (BA), Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 25(3), 869-878.

Santos, M. S. V., et al. (2016). Clinical and Epidemiological Aspects of Scorpionism in the World: A Systematic Review. Wilderness & Environmental Medicine. 27(4), 504-518.

Silva, E. M. R., et al. (2017). Acidentes escorpiônico no município de Santarém-PA: característica epidemiológica e trajeto percorrido pelos pacientes até o serviço de saúde. Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem.

Silva, J. A. C., et al. (2019). Incidência de acidentes com animais peçonhentos no estado do Pará. Brazilian Journal of Health Review. 2(4), 3313-33.

Sobrinho, W. D., et al. (2021). Aspectos epidemiológicos dos acidentes provocados por animais peçonhentos no município de Goianésia: um estudo de 2010 a 2017. Research, Society and Development. 10(11), e277101119455.

Souza, T. C. de, et al. (2022). Temporal trend and epidemiological profile of accidents involving venomous animals in Brazil, 2007-2019, 2007-2019. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 31(3), 1-14.

Downloads

Publicado

17/02/2024

Como Citar

ROCHA, R. M. M. .; DIAS, F. V.; MINESHITA, B. K. H. .; FERREIRA, L. A. M. .; SOUZA, G. R. de; COSTA, J. F. R. da . Ataques de animais peçonhentos no Pará: Correlação entre óbitos e soroterapia no contexto da urgência e emergência. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 2, p. e7013244684, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i2.44684. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44684. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde