O uso de benzodiazepínicos em idosos associados aos acidentes por quedas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i1.44712Palavras-chave:
Benzodiazepínicos; Quedas em Idosos; Medicina Geriátrica; Prescrição de Medicamentos; Avaliação de risco.Resumo
Objetivo: Este estudo tem como objetivo explorar a correlação entre o uso de benzodiazepínicos e a incidência de quedas em idosos, com foco específico na dosagem e duração do tratamento, bem como nas propriedades farmacológicas variadas desses medicamentos. Método: Foi conduzida uma revisão integrativa da literatura em diversas bases de dados reconhecidas, incluindo Google Acadêmico, LILACS, PUBMED, SciElo, Web Of Science, Scopus e Portal de periódicos CAPES. Este processo resultou na seleção de 10 artigos que cumpriram os critérios de inclusão estabelecidos para o estudo. Resultados: Os resultados revelaram uma alta prevalência do uso de benzodiazepínicos entre a população idosa. Foi identificada uma correlação significativa entre o uso desses medicamentos e um aumento na incidência de quedas em idosos, com o risco variando entre 30% a 60% em comparação com aqueles que não utilizam benzodiazepínicos. Além disso, a análise apontou para a importância da dosagem e duração do tratamento no contexto da medicina geriátrica, considerando os riscos aumentados para esta população. Conclusão: Os achados deste estudo enfatizam a necessidade de uma abordagem cuidadosa e individualizada na prescrição de benzodiazepínicos para idosos. Os profissionais de saúde devem estar cientes dos riscos associados e exercer um controle rigoroso na prescrição, avaliando cada paciente de forma individualizada e considerando alternativas terapêuticas. A conscientização sobre o risco elevado de quedas associado ao uso de benzodiazepínicos é essencial para aprimorar a segurança e o bem-estar dos idosos. Este estudo destaca a importância de práticas de prescrição baseadas em evidências e uma abordagem holística no cuidado dessa população.
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