Leucemia mieloide crônica em crianças e adolescentes: Uma análise de casos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i1.44821

Palavras-chave:

Leucemia mieloide crônica; Oncologia ; Pediatria.

Resumo

Objetivo: Analisar as características e evolução dos pacientes diagnosticados com leucemia mieloide crônica em um centro de referência em oncologia pediátrica no oeste do Paraná. Método: Estudo analítico, descritivo e retrospectivo composto por prontuários de pacientes pediátricos do Hospital do Câncer de Cascavel-UOPECCAN, entre janeiro de 2002 e janeiro de 2022. Resultados: Foram analisados 7 prontuários. Desses, 5 (71%) eram do sexo masculino e 2 (29%) feminino. A mediana da idade ao diagnóstico foi de 12 anos e 1 mês. A média de tempo do início dos sintomas até o diagnóstico foi de 2 meses e 5 dias. Dois (29%) pacientes obtiveram o diagnóstico em menos de 30 dias, 3 (43%) entre 30 e 60 dias e 2 (29%) em mais de 60 dias. As manifestações clínicas mais comuns foram: perda ponderal (57%), esplenomegalia (43%), febre (29%) e equimose (29%). Quanto ao tratamento clínico, 2 (29%) pacientes apresentavam boa resposta terapêutica ao uso do mesilato de imatinibe e permanecem em uso da medicação, 3 (43%) necessitaram alteração para nilotinibe, 1 (14%) paciente sem resposta as duas drogas anteriores, necessitou de transplante de células-tronco hematopoiéticas e 1 (14%) apresentou crise blástica de leucemia aguda, requerendo uma abordagem terapêutica distinta. Dos 7 prontuários analisados, 6 (86%) pacientes permanecem vivos. Conclusão: com este estudo, conclui-se que o diagnóstico precoce, o reconhecimento da fase clínica da doença e o tratamento adequado são importantes fatores que influenciam no prognóstico e sobrevida desses pacientes, por essa razão, estudos sobre essa neoplasia maligna são de extrema importância.

Referências

Almeida, A., Castro I., Coutinho, J., Guerra, L., Marques, H., & Pereira, A. M. (2009). Recomendações para o diagnóstico, tratamento e monitorização da leucemia mielóide crônica. Acta Med Port, 22, 537-544. http://hdl.handle.net/10400.26/2411

Baim, B. J. Células sanguíneas: Um guia prático (4a ed.). Artmed

Barboza, L. P., Souza, J. M., Simões, F. V., Bragança, I. C., & Abdelhay, E. (2000). Análise dos transcritos da translocação t(9;22) em Leucemia Mieloide Crônica. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 22, 89-98. https://doi.org/10.1590/S1516-84842000000200005

Benchikh, S., Amale, B., Hamouchi, A. E., Georgina, S., Soro, C., Malki, A., & Nassereddine, S. (2002). Chronic myeloid leukemia: cytogenetics and molecular biology’s part in the comprehension and management of the pathology and treatment evolution. Egyptian Journal of Medical Human Genetics, 23(1). 10.1186/s43042-022-00248-2

Bollmann, P. W., & del Giglio, A. (2011). Leucemia mieloide crônica: passado, presente e futuro. Einstein, 9, 236-243. https://doi.org/10.1590/S1679-45082011RB2022

Bonfim, A. C. S., Anjos, B. S., França, K. F. C., Couto L. A., Santos, R. W. F., Santana, V. H.S., & Almeida, P. O. S. (2022). O papel da citogenética e da biologia molecular no diagnóstico da Leucemia Mieloide Crônica. Brazilian Journal of Health Review, 5(2), 5153-5164. 10.34119/bjhrv5n2-098

Bortolheiro, T. C., & Chiattone, C. S. (2008). Leucemia Mielóide Crônica: história natural e classificação. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia,

, 3-7. https://doi.org/10.1590/S1516-84842008000700003

Breccia, M., Efficace, F., Scalzulli, E., Ciotti, G., Maestrini, G., Colafligi, G., & Martelli, M. (2021). Measuring prognosis in chronic myeloid leukemia: what’s new?. Expert Review of Hematology, 6, 577-585. 10.1080/17474086.2021.1938534

Brioli, A., Lomaia, E., Fabisch, C., Sacha, T., Klamová, H., Morozova, E., Golos, A., Ernst, P., Olsson-Strömberg, U., Mayer, J., Nicolini, F. E., Bao, H., Castagnetti, F., Patkowska, E., Hirschbühl, K., Paczkowska, E., Parry, A., Voskanyan, A., Saussele, S., Franke, G. N., Kiani, A., Faber, E., Lewandowski, K., Krause, S. W., Dammann, E., Anhut, P., Gil, J., Südhoff, T., Heibl, S., Pfirrmann, M., Hochhaus, A., & Lauseker, M. (2022). Treatment and Disease Characteristics of Chronic Myeloid Leukemia in Blast Crisis: The European Leukemianet Blast Crisis Registry. Blood, 140, 818–820. https://doi.org/10.1182/blood-2022-162252

Chávez-González, M. A., Ayala-Sánchez, M., & Mayani, H. (2009). La leucemia mieloide crónica en el siglo XXI: biología y tratamiento. Revista de Investigación Clínica, 61, 221-232.

Chereda, B., & Melo, J. V. (2015). Natural course and biology of CML. Ann Hematolog, 91, 107-121. 1007/s00277-015-2325-z

Corrêa, K. C., Kersting, N., Rechenmacher, C., Pecoits, R. P., Moura, S., Gouveia, R. N., Filho, N. P. C., Sousa, A. V. L., Daudt, L. E., & Michalowski, M. B. (2023). Leucemia mieloide crônica na infância: resultado inicial de registro nacional. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, 45, 186-187. https://doi.org/10.1016/j.htct.2023.09.403

Dorfman, L. E., Floriani, M. A., Oliveira, T. M. R. D. R., Cunegatto, B., Rosa, R. F. M., & Zen, P. R. G. (2018). The role of cytogenetics and molecular biology in the diagnosis, treatment and monitoring of patients with chronic myeloid leukemia. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 54. https://doi.org/10.5935/1676-2444.20180015

Hijiya, N., Suttorpo, M. (2019). How I treat chronic myeloid leukemia in children and adolescents. Blood, 133(22), 2374-2384. 10.1182/blood.2018882233.

Jabbour, E., & Kantarjian, H. (2018). Chronic myeloid leukemia: 2018 update on diagnosis, therapy and monitoring. Am J Hematol., 93, 442-459. 10.1002/ajh.25011.

Merchán-Hermann, E., & Tauil, P. L. (2021). Classification proposal of the different types of descriptive epidemiological studies. Scielo Preprint. 10.1590/s1679-49742021000100026

Merck & Co. (2022). Leucemia mieloide crônica (LMC). Em Manual MSD Online. Recuperado de https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/leucemia/s%C3%ADndrome-mielodispl%C3%A1sica-smd

Minciacchi, V.R., Kumar, R., & Krause, D. S. (2021). Chronic Myeloid Leukemia: A Model Disease of the Past, Present and Future. Cells, 10(1), 117. https://doi.org/10.3390/cells10010117

Naoum P. C. (2001). Avanços tecnológicos em hematologia laboratorial. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2, 15-23. https://doi.org/10.1590/S1516-84842001000200010

Sossela, F. R., Zoppas, B. C. A., & Weber, L. P. (2017). Leucemia Mieloide Crônica: aspectos clínicos, diagnóstico e principais alterações observadas no hemograma. Revista Brasileira de Análises Clínicas, 49(2), 127-130. 10.21877/2448-3877.201700543

Souza, C. A., Pagnano, K. A. B., Bendit, I., Conchon, M., Freitas, C. M. M., Coelho, A. M., Moreira, V. A., & Bernardo, W. M. (2013). Leucemia Mieloide Crônica. Revista Associação Médica, 59(3), 220-232. 10.1016/j.ramb.2012.08.003

Downloads

Publicado

19/01/2024

Como Citar

SILVA, L. M. G. da .; FIORI, C. M. M. .; PRATA, I. H. .; MICHELON , I. C.; SEIBERT, J. M. .; ABE, N. L. de M. . Leucemia mieloide crônica em crianças e adolescentes: Uma análise de casos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 1, p. e8913144821, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i1.44821. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44821. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde