Avaliação clínica e eletrocardiográfica da Hipertensão Arterial Sistêmica em idosos na Atenção Básica do município de Parnaíba - Piauí

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i1.44871

Palavras-chave:

Eletrocardiografia; Hipertensão arterial sistêmica; Atenção básica; Idoso.

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica com alta prevalência no Brasil. Por ser uma condição frequentemente assintomática, geralmente desenvolve complicações associadas a alterações funcionais ou estruturais de órgãos-alvo e alterações metabólicas, com risco aumentado de eventos cardiovasculares. Metodologia: Estudo de prevalência em amostra probabilística de idosos com HAS cadastrados em UBS que atendem a região de Parnaíba, por meio de avaliação clínica e eletrocardiográfica. Tem como objetivo identificar especificidades da população residente no município de Parnaíba que podem influenciar no curso da HAS e na incidência de complicações.  Resultados: Houve predomínio de PA não controlada entre mulheres (55,5%), faixa etária de 70 a 79 anos (52%), pardos (63%), ensino fundamental incompleto (66,6%), renda de 2 salários-mínimos (52%) e sedentarismo (81,5%). Discussão: Os resultados podem ser explicados pelos fatores socioeconômicos e socioculturais da população. Utilizando o ECG como indicador de controle, infere-se que hipertensão mal controlada, sexo masculino, faixa etária entre 70 e 79 anos, histórico de tabagismo, sedentarismo e excesso de peso estão associados a alterações no ECG, sendo alguns desses fatores modificáveis. Conclusão: Os achados sugerem forte associação entre alterações miocárdicas e descontrole da PA e entre fatores socioeconômicos e socioculturais com adesão ao tratamento e controle dos níveis pressóricos.

Referências

Abreu, R. N. D. C. (2007). Adesão ao tratamento de pessoas com hipertensão arterial e complicações associadas: espaço para o cuidado clínico de enfermagem [dissertação]. Fortaleza: Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual do Ceará.

Alfonso, D. I., Puente, M. J., Piedra, D. A. D., de la C Rodríguez-Venegas, E., Hernández, L. Q., & Fontaine-Ortiz, J. E. (2021). Diagnostic value of the Sokolow-Lyon index in left ventricular hypertrophy. CorSalud (Revista de Enfermedades Cardiovasculares), 13(2), 135-141.

Barroso, W. K. S., Rodrigues, C. I. S., Bortolotto, L. A., Mota-Gomes, M. A., Brandão, A. A., Feitosa, A. D. D. M., & Nadruz, W. (2021). Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial–2020. Arquivos brasileiros de cardiologia, 116, 516-658.

Basu, S., & Millett, C. (2013). Social epidemiology of hypertension in middle-income countries: determinants of prevalence, diagnosis, treatment, and control in the WHO SAGE study. Hypertension, 62(1), 18-26.

Brandão, A. A., & de Mello Spineti, P. P. (2020). O que o cardiologista espera do Ecocardiograma na Hipertensão Arterial? ABC., imagem cardiovasc, card05-card05.

Brasil. (2006). Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica, 15.

Brasil. Ministério da Saúde. (2015). Sistema de informação da atenção básica: SIAB: indicadores 2015. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. (2012). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2013). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde.

Cao, Y. J., Qi, S. F., Yin, H. S., Zhang, F., Shi, W. W., Gao, J. C., & Sun, J. X. (2019). Prevalence, awareness, treatment and control of hypertension in elderly residents in Hebei province. Zhonghua liu Xing Bing xue za zhi= Zhonghua Liuxingbingxue Zazhi, 40(3), 296-300.

Carey, M. G., & Pelter, M. M. (2008). Cornell voltage criteria. American Journal of Critical Care, 17(3), 273-274.

Carvalho, M. H. C., Nigro, D., Lemos, V. S., Tostes, R. D. C. A., & Fortes, Z. B. (2001). Hipertensão arterial: o endotélio e suas múltiplas funções. Rev Bras Hipertens, 8(1), 76-88.

de Janeiro, R. (2021). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. panorama.

de Menezes, T. N., Oliveira, E. C. T., Fischer, M. A. T. S., & Esteves, G. H. (2016). Prevalência e controle da hipertensão arterial em idosos: um estudo populacional. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 34(2), 117-124.

Estrela, C. (2018). Metodologia científica: ciência, ensino, pesquisa. Artes Médicas.

Feitosa, G. S., Feitosa Filho, G. S., & Carvalho, E. N. D. (2002). Alterações cardiovasculares da hipertensão arterial: hipertrofia ventricular esquerda, doença arterial coronária e insuficiência cardíaca. Rev Bras Hipertens, 9(3), 280-7.

Hampton, J. R. (1984). The importance of minor abnormalities in the resting electrocardiogram. European Heart Journal, 5, 61-63.

Kanungo, S., Mahapatra, T., Bhowmik, K., Saha, J., Mahapatra, S., Pal, D., & Sarkar, K. (2017). Patterns and predictors of undiagnosed and uncontrolled hypertension: observations from a poor-resource setting. Journal of human hypertension, 31(1), 56-65.

Knutsen, R., Knutsen, S. F., Curb, J. D., Reed, D. M., Kautz, J. A., & Yano, K. (1988). The predictive value of resting electrocardiograms for 12-year incidence of coronary heart disease in the Honolulu Heart Program. Journal of clinical epidemiology, 41(3), 293-302.

Li, W., Gu, H., Teo, K. K., Bo, J., Wang, Y., Yang, J., & PURE China Investigators. (2016). Hypertension prevalence, awareness, treatment, and control in 115 rural and urban communities involving 47,000 people from China. Journal of hypertension, 34(1), 39-46.

Mahmood, S. S., Levy, D., Vasan, R. S., & Wang, T. J. (2014). The Framingham Heart Study and the epidemiology of cardiovascular disease: a historical perspective. The lancet, 383(9921), 999-1008.

Marin, M. J. S., Martins, A. P., Marques, F., Feres, B. D. O. M., Saraiva, A. K. H., & Druzian, S. (2008). A atenção à saúde do idoso: ações e perspectivas dos profissionais. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 11, 245-258.

Melo, S. E. S. F. C., Yugar-Toledo, J. C., Coca, A. P., & Júnior, H. M. (2007). Hipertensão arterial, aterosclerose e inflamação: o endotélio como órgão-alvo. Rev Bras Hipertens, 14(4), 234-238.

Moroz, M. B., Kluthcovsky, A. C. G. C., & Schafranski, M. D. (2016). Controle da pressão arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Saúde da Família e fatores associados. Cadernos Saúde Coletiva, 24, 111-117.

Mousinho, P. L. M., & Moura, M. E. S. (2008). Hipertensão arterial: fatores relacionados à adesão do cliente com hipertensão ao tratamento medicamentoso. Saúde Coletiva, 5(25), 212-216.

Nobre, F., Tavares, A., Brandão, A. A., Sanjuliani, A. F., Nogueira, A. D. R., Machado, C. A., & Jardim, P. C. B. V. (2010). VI Diretrizes brasileiras de hipertensão.

Peguero, J. G., Lo Presti, S., Perez, J., Issa, O., Brenes, J. C., & Tolentino, A. (2017). Electrocardiographic criteria for the diagnosis of left ventricular hypertrophy. Journal of the American College of Cardiology, 69(13), 1694-1703.

Pereira, J. K., Giacomin, K. C., & Firmo, J. O. A. (2015). A funcionalidade e incapacidade na velhice: ficar ou não ficar quieto. Cadernos de Saúde Pública, 31, 1451-1459.

Rinnström, D., Dellborg, M., Thilén, U., Sörensson, P., Nielsen, N. E., Christersson, C., & Johansson, B. (2017). Poor blood pressure control in adults with repaired coarctation of the aorta and hypertension: a register-based study of associated factors. Cardiology in the Young, 27(9), 1708-1715.

Romhilt, D. W., & Estes Jr, E. H. (1968). A point-score system for the ECG diagnosis of left ventricular hypertrophy. American heart journal, 75(6), 752-758.

Sokolow, M., & Lyon, T. P. (1949). The ventricular complex in left ventricular hypertrophy as obtained by unipolar precordial and limb leads. American heart journal, 37(2), 161-186.

Sousa, N. P. D. (2014). Estratificação de risco cardiovascular na atenção primária à saúde.

Thuy, A. B., Blizzard, L., Schmidt, M. D., Luc, P. H., Granger, R. H., & Dwyer, T. (2010). The association between smoking and hypertension in a population-based sample of Vietnamese men. Journal of hypertension, 28(2), 245-250.

Viskin, S., Rosovski, U., Sands, A. J., Chen, E., Kistler, P. M., Kalman, J. M., & Zeltser, D. (2005). Inaccurate electrocardiographic interpretation of long QT: the majority of physicians cannot recognize a long QT when they see one. Heart Rhythm, 2(6), 569-574.

Downloads

Publicado

26/01/2024

Como Citar

MENESES, J. R. F.; CHAGAS, L. de C. C.; ROCHA, H. F. P.; MONTEIRO, M. B. Avaliação clínica e eletrocardiográfica da Hipertensão Arterial Sistêmica em idosos na Atenção Básica do município de Parnaíba - Piauí: . Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 1, p. e12013144871, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i1.44871. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44871. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde