Análise espacial e temporal da leishmaniose visceral no Estado de São Paulo em 1970 a 2014: aumento das áreas de risco ao longo do tempo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4494

Palavras-chave:

Calazar; Distribuição; Epidemiologia; Registro; Vigilância.

Resumo

Atualmente, no Brasil, a leishmaniose visceral (LV) é classificada como uma enfermidade reemergente, em processo de transição epidemiológica, juntamente com um aumento da incidência nas áreas endêmicas e presente em quatro das cinco regiões do território nacional. Assim, este trabalho objetiva analisar a evolução e a distribuição espacial da LV no Estado de São Paulo, desde o seu primeiro registro até o ano 2014, com vistas a fornecer subsídios para as autoridades de saúde pública para melhoria do programa de controle. Por meio de um estudo descritivo, dados secundários obtidos junto ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e à Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) do Estado de São Paulo foram analisados e tratados em um sistema de informações geográficas (ArcGis 10.1), com confecção de mapas de distribuição. Observou-se que existem dois padrões distintos da distribuição da LV no estado: o da região oeste, definido pela ocorrência de casos humanos, alta prevalência de casos caninos e um maior número de municípios onde L. longipalpis está presente; e o da região leste, caracterizada pela ausência de notificação de casos humanos, até mesmo onde o flebotomíneo e casos caninos são presentes. Deduz-se que a expansão ocidental dos casos caninos e humanos seguindo a mesma rota de expansão do vetor não é coincidência, isso porque os registros do flebotomíneo precedem as notificações da doença no cão e, subsequentemente, no ser humano. A pesquisa serve de base para estudos futuros e fornece subsídios para ações do Programa Estadual de Controle. Sugere-se que haja um contínuo levantamento da presença do vetor e vigilância sorológica dos cães, bem como educação da população para que esteja receptiva à eutanásia dos cães em casos positivos, uma vez que em relação ao ciclo do vetor, nada pode ser feito.

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Publicado

30/05/2020

Como Citar

PAULA, E. M. N. de; OLIVEIRA, I. J. de; CRUZ, C. de A.; MEIRELLES-BARTOLI, R. B.; CARVALHO, A. A. B. Análise espacial e temporal da leishmaniose visceral no Estado de São Paulo em 1970 a 2014: aumento das áreas de risco ao longo do tempo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e685974494, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4494. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4494. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde