Assistência de enfermagem ao binômio mãe-filho na depressão puerperal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.44986Palavras-chave:
Depressão puerperal; Enfermagem; Saúde da mulher.Resumo
A depressão puerperal tem configurado um problema para a saúde do binômio mãe-filho, capaz de provocar diversas alterações emocionais e comportamentais na mulher, assim como no desenvolvimento e na interação mãe-filho. A assistência realizada pelo enfermeiro no pós-parto volta-se a realização do rastreamento da depressão através de acompanhamentos, atendimentos individuais, grupais e ações educativas. Objetivo: Analisar o impacto da depressão puerperal ao binômio mãe – filho e a atuação da enfermagem no cuidado a mulher com depressão pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa em que foi utilizado a estratégia PICO para realizar a busca dos artigos científicos. A busca das publicações ocorreu nas bases de dados BVS, LILACS, BDENF e SciELO, incluindo artigos no recorte temporal de 2011 a 2021. Foram selecionados 15 trabalhos dentre 1765 publicações. Resultados: A maioria dos artigos destacou a importância da identificação dos sinais e sintomas da depressão, em particular a culpa, a ansiedade e angústia. Alguns estudos apontavam que dentro os principais desafios encontravam-se: ausência de capacitação profissional contínua, inexistência na prática de suporte com fluxograma definido ao diagnóstico de depressão pós-parto. Conclusão: O acompanhamento pelo enfermeiro é fundamental para identificar os sinais e sintomas da depressão ou ansiedade dentro da Estratégia de Saúde da Família, assim como os fatores de risco que podem implicar na saúde mental materna. Estratégias de rastreamento, como uso de escalas de avaliação da depressão no pós-parto tem se mostrado eficaz na identificação de vários sintomas da depressão clínica.
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