Inovação aberta sustentável para gestão de resíduos de munições: Proposta de implementação em instituições de segurança pública brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.45053

Palavras-chave:

Inovação aberta; Gestão da inovação; Sustentabilidade; Cartucho de munição; Processos organizacionais; Segurança pública; Lógica reversa.

Resumo

Este estudo descreve como processos colaborativos, com viés sustentável, podem contribuir efetivamente, para resolução de desafios de mesmo contexto, utilizando-se da inovação aberta sustentável. Ademais o estudo possui como norteador propostas de melhorias, no âmbito da segurança pública (logística reversa das munições gastas em treinamentos), visando a reciclagem dos resíduos gerados. Assim, foi necessário compreender quais fatores contribuem para a inovação sustentável nas instituições de segurança pública, bem como qualificar os requisitos de logística reversa. O objetivo específico é vincular o nível de maturidade das instituições de segurança pública aos seus objetivos em logística reversa, para dar maior eficácia à sua implementação. Como resultado, registra-se maior conhecimento sobre o descarte sustentável de estojos de munições utilizadas em treinamento e melhor compreensão dos ganhos econômicos com a venda de resíduos (munições utilizadas) como benefício esperado, colaborando para reduzir os custos, aprimorando os processos para implementação da logística reversa. Além disso, ao considerar soluções para problemas complexos, por meio da colaboração, do conhecimento e da maturidade organizacional, destaca-se a relação entre sustentabilidade e inovação.

Referências

Adams, R., Jeanrenaud, S., Bessant, J., Denyer, D., & Overy, P. (2016). Sustainability‐oriented innovation: A systematic review. International Journal of Management Reviews, 18(2), 180-205.

Bamford, J. D. (2002) Mastering alliance strategy: a comprehensive guide to design, management, and organization. Ed. Jossey-Bass.

Barbieri, J. C., Vasconcelos, I. F. G. D., Andreassi, T., & Vasconcelos, F. C. D. (2010). Inovação e sustentabilidade: novos modelos e proposições. Revista de Administração de Empresas, São Paulo • 50(2), 146-154.

Bell, J. E., Mollenkopf, D. A., & Stolze, H. J. (2013). Natural resource scarcity and the closed‐loop supply chain: a resource‐advantage view. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, 43, 351–379.

Bogers, M., Chesbrough, H., Moedas, C. (2018) Open innovation: research, practices, and policies. California Management Review, 60(2), 5–16. https://doi.org/10.1177/0008125617745

Brasil. Lei nº 6.938 (1981). Política Nacional do Meio Ambiente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm.

Brasil. Lei nº 12.305 (2010). Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e dá outras providências. Ministério do Meio Ambiente, Brasília, 2010. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm . Acess in: 11 jan. 2023.

Brasil. Anuário da Segurança Pública (2022). São Paulo. https://forumseguranca.org.br/anuario-brasileiro-seguranca-publica/. Acess in: apr 2023.

Brennan, G., Tennant, M. & Blomsma, F. (2015). Chapter 10. Business and production solutions: Closing Loops & the Circular Economy, in Kopnina, H. and Shoreman-Ouimet, E. (Eds). Sustainability: Key Issues. Routledge: EarthScan, pp.219-239.

Chesbrough, H. (2003). Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Techonology. Hardvard Business School Press.

Chesbrough, H, & Bogers, M. (2014). Explicating Open Innovation: Clarifying an Emerging Paradigm for Understanding Innovation. New Frontiers in Open Innovation, Oxford University Press, p. 17.

Chesbrough, H., Bogers, M., Strand, R., & Whalen, E. (2018). Sustainability through open innovation: Carlsberg and the green fiber bottle. In SAGE Business Cases. The Berkeley-Haas Case Series. University of California, Berkeley. Haas School of Business.

Chesbrough, H. & Brunswicker, S. (2013). Managing Open Innovation in Large Firm. Survey Report: Executive Survey on Open Innovation.

Couto, M. C. L. & Lange, L. C. (2017). Análise dos sistemas de logística reversa no Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, 22, 889-898.

D'alvano, L., & Hidalgo, A. (2012) Innovation management techniques and development degree of innovation process in service organizations. R and D Management, 42(1).

Damacena, F. D. L. (2011). A proteção ambiental no âmbito da união européia the environmental protection in the framework of the european union. Revista Eletrônica Direito e Política, 6(1).

De Medeiros, J. F., & Ribeiro, J. L. D. (2017). Environmentally sustainable innovation: Expected attributes in the purchase of green products. Journal of cleaner production, 142, 240-248.

Del Carpio Gallegos, J. F. & Seclen-Luna, J. P. (2022). The effect of technological innovation on Low-Tech Peruvian Manufacturing Firms’ Performance: The role of external sources of knowledge. Academia Revista Latinoamericana de Administración. 35(3), 366-379. https://doi.org/10.1108/ARLA-08-2021-0164 .

Doloreux, D., Shearmur, R., & Rodriguez, M. (2018). Internal R&D and external information in knowledge-intensive business service innovation: complements, substitutes or independent? Technological and Economic Development of Economy, 24(6), 2255-2276. https://doi.org/10.3846/tede.2018.5694 .

Donaire, D. (1995). Gestão ambiental na empresa. Atlas, 134 p.

Eimers, J. (2019). Determining end of life policy for air force expended small arm cartridge cases. Graduate Research Paper (master’s degree) – Air University, Air Force Institute of Technology. Ohio. https://apps.dtic.mil/sti/pdfs/AD1089582.pdf . Accessed: april 2023

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5A ed.). Atlas.

Gomez, J., Salazar, I. & Vargas, P. (2016), Sources of information as determinants of product and process innovation. PloS ONE, 11(4).

Gonçalves-Dias, S. L. F., Labegalini, L., & Csillag, J. M. (2012). Sustentabilidade e cadeia de suprimentos: uma perspectiva comparada de publicações nacionais e internacionais. Produção, 22(3), 517-533.

Guedes, J. N. (2009) Diagnóstico e estudo de variabilidade espacial da contaminação por metais pesados em solos e águas superficiais de área de destruição de munição. Dissertação (Mestrado) –Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Hazen, B. T., Hall, D. J., & Hanna, J. B. (2012). Reverse logistics disposition decision-making: Developing a decision framework via content analysis. International Journal of Physical Distribution and Logistics Management, 42(3), 244–274.

Hazen, B. T., Hall, D. J., Overstreet, R., & Hanna, J. B. (2015). Antecedents to and outcomes of reverse logistics. Industrial Marcketing Management, 46, 160–170.

Krippendorff, K. (2009). Content Analysis: An Introduction to Its Methodology. (2a ed.), Sage, Thousand Oaks, CA.

Leite, P. R. (2009). Logística Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. (2a ed.). Pearson Prentice Hall.

Moya-Fernández, P. J., & Seclen-Luna, J. P. (2023). Evaluating the Effects of Information Sources on Innovation Outcomes: Are There Differences between KIBS and Manufacturing Firms from a Latin America Country? Journal of the Knowledge Economy, 1-32.

National Research Council (2014). Force multiplying technologies for logistics support to military operations. The National Academies Press. Cap. 5 e 6.

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, (2006). Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Brasília: FINEP.

Nowell, B., & Albrecht, K. (2018). A reviewer’s guide to qualitative rigor. Journal of Public Administration Research and Theory, Oxford, 29(2), 348-363. DOI: https://doi.org/10.1093/jopart/muy052

Obradovic, T., Vlacic, B. & Dabic, M. (2021). Open innovation in the manufacturing industry: a review and research agenda. Technovation (102), 10221, DOI: 10.1016/j.technovation.2021.102221.

Rezaei, S., & Behnamian, J. (2022). Competitive planning of partnership supply networks focusing on sustainable multi-agent transportation and virtual alliance: A matheuristic approach. Journal of Cleaner Production, 333, 130073.

Rogers, D. S., & Tibben-Lembke, R. (2001). An examination of reverse logistics practices. Journal of Business Logistics, 22(2), 129–148, https://doi.org/10.1002/J.2158-1592.2001.TB00007.X .

Rosemann, M., & De Bruin, T. (2012) Application of a Holistic Model for Determining BPM Maturity. https://www.researchgate.net/publication/27481630_Application_of_a_Holistic_Model_for_Determining_BPM_Maturity . Acessed in jan 2023.

Seclen-Luna, J. P., Moya-Fernández, P., & Pereira, Á. (2021). Exploring the effects of innovation strategies and size on manufacturing firms’ productivity and environmental impact. Sustainability, 13(6), 3289.

Schönborn, G., Berlin, C., Pinzone, M., Hanisch, C., Georgoulias, K. & Lanz, M. (2019). Why social sustainability counts: The impact of corporate social sustainability culture on financial success. Sustainable Production and Consumption, 17, 1-10.

Sorvari, J. (2018). Shotting ranges: Enviromental Contamination. Encyclopedia of Environmental Health, Elsevier.

Souza, M. T., Silva, M. D. & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 8(1), 102-6.

Stanko, M., Fisher, G., & Bogers, M. (2017) Under the Wide Umbrella of Open Innovation. Journal of Product Innovation Management. https://doi.org/10.1111/jpim.12392 .

Tarhan, A., Turetken, O., & Reijers, H. A. (2016) Business process maturity models: a systematic literature review. Information and Software Technology, 75, 122–134.

United Nations Environment Programme – UNEP. (2007). Life cycle management: a business guide to sustainability, Paris. http://www.unep.fr/shared/publications/cdrom/DTIx0889xPA/UNEP%20SETAC%20Life%20Cycle%20Initiative/LCM%20Guide/LCM%20guide.pdf . Acessed in: jan 2023.

Zito, A.R., Burns, C., & Lenschow, A. (Eds.). (2020). The Future of European Union Environmental Politics and Policy. Routledge. https://doi.org/10.4324/9781003031178 .

Downloads

Publicado

18/02/2024

Como Citar

HALTENBURG, N. R. P. de C. .; CÂNDIDO, A. C. . Inovação aberta sustentável para gestão de resíduos de munições: Proposta de implementação em instituições de segurança pública brasileiras. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 2, p. e7613245053, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i2.45053. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45053. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais