Influência de diferentes módulos de produção agroflorestal na biomassa de raízes finas no sudeste da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.45165Palavras-chave:
Carbono; Biomassa radicular; Serviços ecossistêmicos.Resumo
Os SAF promovem importantes serviços ecossistêmicos associados a ciclagem e dinâmica do carbono (C), podendo armazenar C na biomassa vegetal comparável, muitas vezes, às florestas naturais. Assim, este trabalho objetivou quantificar e comparar a biomassa de raízes finas (diâmetro ≤2mm) em diferentes módulos de SAF (M1, M2, M3, M4, M5) no sudeste do Pará, tendo como referência duas áreas adjacentes (pastagem de Urochloa sp. e floresta secundária). Os módulos apresentam culturas comuns (banana, mandioca, abacaxi, milho, cacau), variando em função de outras espécies consorciadas. Cada módulo possui área de 2 ha, mesmo histórico e tempo de implantação, e em cada um foram instadas aleatoriamente cinco parcelas de 5×5 m, onde coletamos 3 amostras de solo (0-10 cm) com cilindro volumétrico (196 cm³). Em laboratório, as raízes foram lavadas em água corrente sob malha de 0,5 mm e triadas com uso de pinças e paquímetro. A biomassa radicular foi estimada por meio da massa seca (g.m²) e as comparações estatísticas feitas por ANOVA e o pós-teste de Tukey. Floresta e pastagem apresentaram maior biomassa de raízes finas comparada aos módulos de SAF, que foram semelhantes entre si (p<0.001; Floresta=283.95g.m²; M1=89.01g.m²; M2=65.89g.m²; M3=56.27g.m²; M4=115.96g.m²; M5=81.44g.m²; Pasto=359.25g.m²). Na floresta, a alta densidade e diversidade de espécies podem ter elevado a biomassa. A similaridade entre os módulos de SAF indica o tempo de implantação (um ano) como insuficiente para influenciar diferentemente a biomassa de raízes, ademais, o histórico da área e o manejo do solo influenciam a biomassa radicular, diferindo-a da floresta analisada.
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