Síndrome dos Ovários Policísticos: Prevalência e impacto na qualidade de vida em universitárias
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45199Palavras-chave:
Síndrome dos ovários policísticos; Oligomenorreia; Qualidade de vida; Infertilidade.Resumo
A síndrome dos ovários policísticos é uma condição clínica muito comum na prática ginecológica e endocrinológica, afetando 6 a 16% das mulheres em idade reprodutiva. As principais manifestações clínicas dessa síndrome são a presença de hiperandrogenismo, oligo-amenorreia e anovulação crônica. Em virtude dessas manifestações, muitas mulheres apresentam hirsutismo, obesidade e podem desenvolver infertilidade e esses fatores estão diretamente relacionados com a auto-estima e qualidade de vida das portadoras da síndrome dos ovários policísticos. Dessa forma, o presente trabalho visou observar quais manifestações são mais prevalentes e como elas impactam na qualidade de vida do grupo de acadêmicas observado. A pesquisa foi realizada individualmente com 100 estudantes do sexo feminino, maiores de 18 anos, que apresentam síndrome dos ovários policísticos, matriculadas do 1º ao 6º ano do curso de medicina na Faculdade de Medicina de Itajubá e Universidade do Vale do Sapucaí, através de um questionário pré-formulado e enviado através da ferramenta “google forms”. Os resultados obtidos confirmaram a hipótese inicial do trabalho, tendo em vista que a maioria das participantes relataram que sintomas como hirsutismo, excesso de peso, distúrbios menstruais e medo de infertilidade afetam diretamente sua qualidade de vida e autoestima, causando ainda sintomas emocionais e transtornos psicológicos. O objetivo do estudo, foi observar quais os sinais e sintomas da síndrome dos ovários policísticos e como eles impactam na qualidade de vida das participantes. Portanto, essa análise é importante para que, novas intervenções sejam sugeridas e implementadas, aprimorando o tratamento e garantindo maior qualidade de vida para as pacientes.
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