Incidência de complicações nos cateteres centrais de inserção periférica em pacientes oncológicos ambulatoriais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45268Palavras-chave:
Enfermagem oncológica; Cateterismo periférico; Cuidados de enfermagem.Resumo
Introdução: A terapia intravenosa tornou-se amplamente utilizada em tratamentos oncológicos, como para administração de quimioterápicos, antibióticos, hemoderivados, hidratação, dentre outros. Diante disso, dispositivos para estabelecimento de uma via intravenosa demonstraram grande utilidade em oncologia, dentre estes têm-se os cateteres venosos centrais de inserção periférica, os PICC`s. Objetivo: analisar a incidência das principais complicações que contribuíram para a retirada dos PICC`s no período de 2021 a 2022. Método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, de abordagem quantitativa, descritivo e exploratório, a partir de dados coletados de um instrumento padronizado de controle de atendimento a pacientes. Resultados: os principais motivos que levaram à retirada dos cateteres no período analisado, o término do tratamento mostra-se como mais incidente seguido de infecção. O total de retiradas foi de 89 PICC`s, em comparação ao total de inserções nos dois anos de 361 cateteres. A infecção foi o principal motivo de retirada associado a não adesão à manutenção, correspondendo a 30,7% no grupo do ano de 2021 e 30% em 2022. Conclusão: há necessidade de padronização de protocolos relacionados ao manuseio adequado do dispositivo pelos profissionais de enfermagem, frequência das manutenções e orientação aos pacientes e familiares.
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