Uso das células tronco na terapêutica de indivíduos com Transtorno de Espectro Autista - Revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45328Palavras-chave:
Célula tronco; Espectro autista; Terapêutica com células tronco.Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) está associado a causas multifatoriais - genéticas e ambientais, como prematuridade, asfixia e exposição fetal ao álcool e drogas. Estudos indicam genes como NLGN4 e ASTN2 associados ao autismo. Os tratamentos se dividem em abordagens comportamentais, nutricionais e medicinais, porém, novos achados em epigenética e neuroimunologia sugerem que as terapias com células-tronco hematopoéticas podem ser potenciais intervenções para o tratamento de síndromes autistas. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão integrativa sobre tema de Uso de Células Tronco na Terapêutica de Indivíduos com transtornos de Espectro Autista. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico e Adolec com artigos publicados entre os anos de 2010 e 2021. Para definir a pergunta de pesquisa foi utilizada a estratégia PICo (População, Fenômeno, Contexto). As Células-tronco são células precursoras não especializadas, que possuem habilidade de autorrenovação, capacidade de se diferenciar e a habilidade de reconstituição. No entanto, a problemática se apresenta na maneira de como um novo tratamento utilizando essa terapia pode influenciar na melhora do indivíduo com TEA, isso é identificado através da observação da influência do transplante dessas células em humanos, nas suas habilidades motoras e cognitivas. A etiologia do autismo nos estudos está indicada no envolvimento de desregulações imunológicas, mas a sua fisiopatologia permanece ainda mal definida e os mecanismos exatos do transplante ainda não foram confirmados e esclarecidos, o que sugere a continuação dos estudos a fim de verificar a eficácia dessa abordagem terapêutica a longo prazo.
Referências
Brasil. (2015). Espectro Autista (Transtornos Invasivos ou Globais do Desenvolvimento): Protocolo Clínico e de Acolhimento. Sistema Único de Saúde, Estado de Santa Catarina. https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9209-espectro-autista/file.
Evangelho, V. G. O., Costa, F. M. R., Castro, H. C., Bello, M. L. & Amorim, M. R. (2021). Autismo no Brasil: uma revisão sobre estudos em neurogenética. Revista Neurociências. 29, 1-20. https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.12440.
Fogo, M. S. (2018). Estudo de expressão gênica em células neurais derivadas de células-tronco pluripotentes induzidas de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-13122018-083852/publico/Mariana_Fogo_SIMPL.pdf.
Lv, Y., Zhang, Y.,Liu, M.,Qiuwaxi, J., Ashwood, P., Cho, S. C., Huan, Y., Ge, R., Chen, X., Wang, Z., Kim, B. & Hu, X. (2013). Transplante de células mononucleares do cordão umbilical e células-tronco mesenquimais derivadas do cordão umbilical no autismo. Journal of Translational Medicine. 11 (196). https://doi.org/10.1590/S1516-84842009005000057
Muotri, A. R. (2010) Células-tronco pluripotentes e doenças neurológicas. Estudos Avançados, 24(70), 71-79. https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000300005
Pavin, N., Sguarezi, O. G. M. & Batista, E. C. (2019). Novas abordagens etiológicas do transtorno do espectro autista. Saúde & Conhecimento-Jornal de Medicina Univag. https://periodicos.univag.com.br/index.php/jornaldemedicina/article/view/1433/1591.
Queiroz, L. S. & Mendes, N. B. E. S. (2017) O transtorno do espectro autista e a terapêutica com células tronco. CES REVISTA, 1(1). https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cesRevista/article/viewFile/1138/782.
Riordan, N. H., Hincapié, M. L., Morales, I., Fernández, G., Allen, N., Leu, C., Madrigal, M., Rodríguez, J. P. & Novarro, N. (2019). Allogeneic Human Umbilical Cord Mesenchymal Stem Cells for the Treatment of Autism Spectrum Disorder in Children: Safety Profile and Effect on Cytokine Levels. Stem Cells Translational Medicine, v. 8, p. 1008–1016. 10.1002/sctm.19-0010.
Russo, F. B. (2015). Geração de células pluripotentes induzidas de pacientes com transtorno do espectro autista. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. 99p. https://doi.org/10.11606/T.10.2016.tde-14082015-154556
Sampaio, G. L. A. (2019). Geração de linhagens de células tronco pluripotente induzidas com alteração no gene SCN2A e organoides cerebrais como ferramenta para estudo do autismo. Dissertação de Mestrado, Instituto Gonçalo Moniz, Salvador, Bahia. 81p. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36148.
Sharma, A. K., GOkulchandran, N., Kulkarni, P. P., Sane, H. M., Sharma, R., Jose, A. & Badhe, P. B. (2020) Cell transplantation as a novel therapeutic strategy for autism spectrum disorders: a clinical study. Am J Stem Cells, 9, (5), 89-100. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7811933
Simioni, P. U., Santos, H. M. & Ugrinovich, L. A. (2021). Aplicação das células-tronco pluripotentes induzidas na investigação do autismo: uma revisão. Jorn. Inter. Bioc., 6, (1), 24-28.https://faculdadedeamericana.com.br/ojs/index.php/TCC/article/view/377/634
Siniscalco, D., Kannan, S., Semprún-hernández, N., Eshraghi, A. A., Brigida, A. L. & Antonucci, N. (2018) Stem cell therapy in autism: recent insights. Stem Cells and Cloning: Advances and Applications, 11, 55–67. 10.2147/SCCAA.S155410.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Eduardo Oliveira Padilha; Maria de Fátima Vieira de Sousa Gonçalves; Isabella Garcia Laranjeira; Gabriela Oliveira Iargas; Bruna Alves Velasco; Jennyfer Rodrigues Vicentini; Sabrina Ramires Sakamoto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.