Bioética e a eutanásia por conveniência de cães e gatos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45373Palavras-chave:
Medicina veterinária; Morte; Custos de cuidados de saúde; Estresse psicológico.Resumo
O objetivo foi discutir as justificativas para a realização da eutanásia por conveniência, de cães e gatos domésticos, segundo as abordagens normativa e bioética. Eutanásia por conveniência é aquela realizada sem o animal apresentar uma condição clínica que respalde tal procedimento. Aquela que ocorre por questões financeiras, mudanças nas circunstâncias pessoais, tempo escasso para os cuidados do animal, sensação de incapacidade ou falta de vontade de cuidar do animal. O aumento de procedimentos que vem sendo disponibilizados na medicina veterinária levam ao impasse de custos muito elevados de tratamento. No Brasil, deve-se considerar que por existir, na área humana, tratamentos dispendiosos financeiramente amparados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou pela Saúde Suplementar, a população fica sem referência dos valores dos procedimentos de saúde. A realização da eutanásia é contribuinte determinante para o risco de suicídio e sofrimento psicológico em veterinários. Destaca-se que a cultura e a religião podem influenciar significativamente as atitudes em relação à eutanásia e à morte. Portanto, seja do ponto de vista do valor (ética) ou do ponto de vista religioso, médicos veterinários e tutores podem não concordar com a prática da eutanásia e isso tem que ser respeitado. A eutanásia por conveniência de cães e gatos é um tema para a bioética se debruçar, pois envolve interesses inerentes ao animal, ao tutor e ao médico veterinário. No Brasil, a eutanásia por conveniência não está normativamente amparada e, bioeticamente, ela é pouco discutida.
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