Indicadores de bem-estar de novilhas Jersey criadas em sistema de semiconfinamento e confinamento com e sem fornecimento de homeopático

Aline Luiza do  Nascimento; Luisa Nora; Maksuel Gatto de  Vitt; Arthur Mocelin  Piaia; Charles Marcon  Giacomelli; Mario Augusto  Torteli; Aleksandro Schafer da  Silva

doi:10.33448/rsd-v13i6.45565

Autores

Aline Luiza do Nascimento Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0009-0001-0823-638X
Luisa Nora Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0000-0003-2767-1755
Maksuel Gatto de Vitt Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0000-0002-3989-8554
Arthur Mocelin Piaia Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0009-0008-2160-8599
Charles Marcon Giacomelli Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0000-0002-5961-3560
Mario Augusto Torteli Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0009-0008-0980-8547
Aleksandro Schafer da Silva Universidade do Estado de Santa Catarina https://orcid.org/0000-0002-9860-1933

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i6.45565

Palavras-chave:

Bovinocultura; Bem-estar animal; Homeopático; Comportamento animal.

Resumo

Os ruminantes quando criados em sistemas intensivos e submetidos à presença de variáveis que potencializam o estresse, podem desenvolver estereotipias comportamentais. Além disso, dietas fornecidas em confinamento apresentam menos volumoso em comparação a dietas forrageiras que os bovinos consomem enquanto estão ao pasto. Essas alterações da dieta afetam o tempo de ingestão e quando submetidos a sistemas confinados, os animais utilizam menos tempo engajados em comportamentos alimentares, fatores esses que podem contribuir para aparecimento de comportamentos anormais. Ainda, é escasso o número de informações sobre essas situações, sendo assim o objetivo desse estudo foi avaliar se a inclusão de um produto homeopático poderia minimizar os comportamentos anormais, considerando dois sistemas de criação (confinamento e semiconfinamento) e análises pré e pós-alimentação. Diante disso, foram utilizadas 14 novilhas da raça Jersey com 12 meses de idade, divididas em dois grupos de sete animais cada. O estudo teve duração de 60 dias, sendo que os primeiros 30 dias em sistema de semiconfinamento (acesso à pastagem) e os últimos 30 dias em confinamento. Por um observador, três vezes na semana (segundas, quartas e sextas-feiras) foram feitas coletas de dados comportamentais antes e após alimentação vespertina. Ao final de cada etapa (dias 28, 29 e 30; e dias 58, 59 e 60) foi observado o comportamento das novilhas, três vezes ao dia, com duração de 50min cada, por até três avaliadores. Dentre os resultados obtidos, a vocalização apresentou 66% menos chance de ocorrência para grupo tratamento. O tipo de sistema de criação afetou o perfil comportamental das novilhas, principalmente quando observado a estereotipia oral de enrolar a língua nos animais alojados em sistemas confinados. O sistema de criação também teve influência sob a ruminação, apresentando 77% menos chance de ocorrência para animais confinados. Outros comportamentos (em repouso e lambendo outros animais) também foram influenciados pelo sistema de criação. Com exceção do enrolar a língua, todos os outros comportamentos animais tiveram efeito do momento de observação, antes ou depois da alimentação. A partir desses resultados constata-se influência do sistema semiconfinado sobre a maior ocorrência de comportamentos naturais como a ruminação e repouso, sugerindo que nesse sistema os animais estão submetidos a maiores condições de conforto, e por consequência, apresentam menos estereotipias.

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