Pobreza menstrual: Aspectos socioeconômicos e culturais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i4.45584Palavras-chave:
Serviços de saúde da mulher; Menstruação; Saúde da mulher.Resumo
Introdução: A pobreza menstrual é um fenômeno complexo, transdisciplinar e multidimensional, enfrentado por meninas e mulheres em todo o mundo devido à falta de acesso a recursos, escassez de políticas públicas com infraestrutura adequada e desinformação para que tenham capacidade de realizar o manejo correto da higiene menstrual. Considerando que a pobreza menstrual é reconhecida como um problema de saúde pública em todo o mundo, este estudo objetiva abordar a sua problemática, identificando e analisando suas implicações socioeconômicas e culturais. Metodologia: Realizou-se uma revisão narrativa da literatura, utilizando-se as bases de dados LILACS, PubMed, SciELO e GOOGLE ACADÊMICO. Resultados: A pobreza menstrual, além de afetar a saúde física e psíquica de várias pessoas, ainda conserva e intensifica a desigualdade entre gêneros. As meninas deixam de frequentar as escolas quando há falta de meios para cuidar da própria menstruação, como infraestrutura inadequada e pouca disponibilidade de produtos voltados para a higiene, submetendo-as a situações que ridicularizam e menosprezam. Essa realidade repleta de paradigmas advém de um histórico em que o sangramento visível era considerado sinônimo de sujeira, impureza e vergonha. A problemática que envolve a pobreza menstrual é mundial, pois percebe-se que bilhões de mulheres ainda não têm acesso efetivo aos meios de higiene básica e pessoal. Conclusão: A educação menstrual é crucial para enfrentar a pobreza menstrual, abordando saúde sexual e reprodutiva. É vital iniciar o diálogo sem estigmas antes da primeira menstruação, incorporando saberes populares. Políticas públicas devem garantir uma vivência digna do período menstrual, reduzindo o absenteísmo escolar.
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