Análise prospectiva do potencial antiepiléptico de espécies das famílias Passifloraceae, Zingiberaceae e Cannabaceae
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i7.45760Palavras-chave:
Epilepsia; Farmacologia; Produtos naturais.Resumo
A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por convulsões recorrentes e sem cura definitiva, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento convencional envolve o uso de drogas antiepilépticas, que, embora sejam eficazes no controle das crises, podem causar uma série de efeitos colaterais prejudiciais e não abordam a causa subjacente da doença. Além disso, pacientes com epilepsia resistente a medicamentos enfrentam desafios adicionais, incluindo comprometimento cognitivo e baixo desempenho educacional e ocupacional. Nesse contexto, a pesquisa de novas alternativas de tratamento para a epilepsia se torna crucial. Uma área promissora é o estudo dos extratos naturais de plantas medicinais, que têm sido investigados por seu potencial antiepilético. Este estudo se concentra nas famílias Passifloraceae, Zingiberaceae e Cannabaceae devido à sua riqueza em compostos bioativos com propriedades farmacológicas. A pesquisa científica revelou que várias espécies dessas famílias de plantas possuem atividades antiepilépticas e anticonvulsivantes, fornecendo uma base para o desenvolvimento de novos tratamentos. No entanto, os desafios enfrentados na obtenção de patentes e no desenvolvimento de produtos fitoterápicos no Brasil destacam a necessidade de investimentos adicionais e políticas regulatórias claras nessa área. Portanto, a pesquisa contínua sobre o potencial terapêutico das plantas medicinais, juntamente com esforços para melhorar o acesso a tratamentos inovadores, é essencial para melhorar o manejo da epilepsia e a qualidade de vida dos pacientes.
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