Uso de medicamentos indevidos no tratamento da dengue

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45909

Palavras-chave:

Dengue; Automedicação; Autodiagnóstico; Reações adversas; Conscientização.

Resumo

O objetivo do presente estudo é analisar o impacto do autodiagnostico e automedicação no tratamento da dengue. Com o crescente número de casos dessa doença em diversas regiões do Brasil, é frequente o uso inadequado de medicamentos sem a orientação adequada de um profissional da saúde, prática que pode conduzir a sérias consequências para a saúde do indivíduo. A pesquisa envolveu uma revisão bibliográfica e análise de casos, abordando os principais medicamentos utilizados erroneamente pela população na tentativa de tratar a dengue. O estudo também investiga as razões que levam a essa prática arriscada, como falta de informação adequada, dificuldade de acesso ao atendimento médico e crença na eficácia desses medicamentos. A questão central da pesquisa é: Quais são os riscos para a saúde da população em utilizar medicamentos inadequados no tratamento da dengue? A resposta a essa pergunta é buscada através do levantamento dos principais problemas decorrentes dessa prática, como reações adversas, interações medicamentosas perigosas e até mesmo o agravo do quadro clínico. Os resultados obtidos apontam para a necessidade urgente de campanhas educativas sobre os perigos da automedicação e orientações claras sobre o tratamento adequado para a dengue. Além disso, ressalta-se o papel crucial dos farmacêuticos no esclarecimento à população sobre o uso correto dos medicamentos. Este trabalho, portanto, espera contribuir com a conscientização sobre o grave problema da automedicação no tratamento da dengue, um tema que requer atenção constante das autoridades de saúde e da população em geral.

Referências

Beyene, A., Getachew, E., Doboch, A., Poulos, E., & Corker, J. (2017). Household Knowledge and its Associated Factors on Dengue Fever: A Community-Based Study in Eastern Ethiopia. Infection and Drug Resistance Volume 10: 377-386.

Bhatt S, Gething P.W, Brady O.J, et al. The global distribution and burden of dengue. Nature. 2013;496(7446):504-507.

Bhattacharya,S.(2020) The role of health education in preventing the misuse of medications for dengue fever: A systematic review. Journal of Community Health Nursing, 37(1): 32-42.

Brasil. (2016). Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2ed. Brasília: Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_2_ed.pdf“.

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 77-101. - Bryman, A. (2016). Social Research Methods. Oxford university press. - Creswell, J. W. (2013). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. Sage publications. - Marshall, M. N. (1996). Sampling for qualitative research. Family practice, 13(6), 522-526.

Bryman, A. (2016). Social Research Methods. Oxford university press.

Carvalho, M. F. et al. (2018). Uso indiscriminado de medicamentos: uma questão de saúde pública. Cadernos UniFOA, 38, 73-84.

Coelho G. E, Burattini M. N, Teixeira M. G. (2019). Dynamics of the presence of israeli acute paralysis virus in honey bee colonies with colony collapse disorder. PLoS ONE 14(5): e0216283.

Creswell, J. W. (2013). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. Sage publications.

Deen, J. L., Harris, E., Wills, B., Balmaseda, A., Hammond, S. N., Rocha, C., Dung, N. M., Hung, N. T., Hien, T. T. & Farrar J. J. (2006). The WHO dengue classification and case definitions: time for a reassessment. Lancet, 368(9530), 170–173.

Gupta, N., Srivastava, S., Jain, A., & Chaturvedi, U. C. (2016). Dengue in India. The Indian Journal of Medical Research, 144(6), 873.

Kumar, A., Rao, C. R., Pandit, V., Shetty, S., Bammigatti, C., & Samarasinghe, C. M. (2016). Clinical Manifestations and Trend of Dengue Cases Admitted in a Tertiary Care Hospital, Udupi District, Karnataka. Indian journal of community medicine: official publication of Indian Association of Preventive & Social Medicine, 41(1), 45–49.

Lima-Camara, T. N. (2016). Emerging arboviruses and public health challenges in Brazil. Revista de Saúde Pública, 50, 36. Melo, D. C., Castro, F.G., Fonseca, B. A. (2014). Knowledge of dengue fever and the use of medicinal plants for its treatment and prevention: A cross-sectional study in Southeastern Brazil. BMC Public Health, 14, 964.

Martins, V. D., & Silva, J. S. (2017). The challenge of health education in the prevention of dengue: A systematic review of literature. Cogitare Enfermagem, 22(1).

Martins, V. E. P., Alencar, C. H., Kamimura, M.T., de Carvalho Araújo, F. M., De Simone, S.G., Dutra R.F. (2017). Uso de medicamentos durante a epidemia de dengue no município de Fortaleza-Ceará. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 51.

Mendes, A. M. F., Von Zuben, A. P. B., & Terzian, A. C. B. (2021). Antiviral resistance and the future landscape of dengue treatment. Emerging Topics in Life Sciences, ETLS20190363.

Ministério da Saúde [MS]. (2020). Dengue: Diagnóstico e manejo clínico: Adulto e criança. 5. ed. Brasília: MS.

Nunes M. M. P., Oliveira A. C. S. D., Lima R. B. D. S., Cardoso D. D. P., Horimoto A. R. V. R & Tarazona-Santos E. (2020). Medication use by patients hospitalized with dengue: safety and effectiveness assessment - the DENGUIMED trial protocol. BMC Infect Dis;20(1):1-7.

Pang J, Hildon Z. J. L., Thein TL. et al. Assessment of the severity of dengue hemorrhagic fever and improper use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs during illness: a cross-sectional study in 6 hospitals in Ho Chi Minh City, Vietnam. J Infect Dis Ther. 2017;5(2):1-6.

Pereira, A., Silva, M., & Souza, J. (2018). Análise do uso de analgésicos no tratamento da dengue: uma revisão sistemática. Jornal de Farmácia Clínica e Terapêutica, 45(2), 148-154.

Pereira, M. R., Loch-Neckel, G., & Mocellin, M. (2019). Medication therapy management service for patients with Parkinson's disease: a before-and-after study. Neuropsychiatric Disease and Treatment, 15: 1389–1397.

Rajapakse, S., de Silva, N. L., Weeratunga, P., Kodithuwakku, N. D., & Fernando, S. D. (2017). Use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs for symptomatic relief following dengue infection: A prospective observational study in Sri Lanka. PLoS Neglected Tropical Diseases, 11(1), e 0005368.

Rathish D., Wijerathne B., Bandara S. et al. Pharmacology education and antibiotic self-medication among medical students: a cross-sectional study. BMC Res Notes 2017;10(1):337.

Rocha, R. E. R., Rossi, F. S., & Amaral, W. G. D. (2019). Análise do perfil de automedicação em população do interior paulista. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 23(1), 77-84.

Rocha, R., Soares, R. R., & Soares, F. F. (2019). Health professionals' roles and responsibilities in the prevention of dengue fever: A look at the Brazilian scenario. Brazilian Journal of Health Review, 2(1), 1-15.

Silva L. O. B., Carvalho S. M. F., Coelho I. C. B. et al. Uso indiscriminado de antibióticos em pacientes com dengue: uma realidade a ser modificada nas Unidades Básicas de Saúde do Brasil. Rev Pan-Amaz Saúde 2016;7(3):73-79.

SILVA, A. R.; et al. (2017). Automedicação em adultos residentes em área urbana do Nordeste do Brasil: um estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Pública, 33(12), e00173316.

Silva, A., & Santos, B. (2018). Uso indevido de medicamentos no tratamento da dengue: Um estudo de caso. Journal of Health Sciences, 18(2), 123-130.

Silva, A., Santos, M., & Oliveira, R. (2021). Uso de medicamentos sem prescrição médica no Brasil: Uma revisão sistemática. Revista da Associação Médica Brasileira, 67(1), 34-40.

Smith, F., Sake, J., Ferner, R., & Kopp, B. (2017). Global public health and the role of the community pharmacist. Journal of Epidemiology and Global Health, 7(2), 87-93.

Sociedade Brasileira de Infectologia. (2020). Dengue: Manejo Clínico em Adultos e Crianças. https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2020/01/DENGUE_Manejo_Clinico_em_Adultos_e_Criancas.pdf.

Ventola, C. L. (2015). The antibiotic resistance crisis part 1: Causes and threats. Pharmacy And Therapeutics, 40(4), 277–283.

WHO. (2019). Dengue and severe dengue. World Health Organization. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue

World Health Organization. (2009). Dengue: Guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control - New edition. Geneva: WHO Press.

Downloads

Publicado

31/05/2024

Como Citar

EVARISTO, C. .; FERNANDES, G. B. .; MEDEIROS, L. B. de .; TORRES, R. G. .; PEREIRA, G. J. V. Uso de medicamentos indevidos no tratamento da dengue . Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 5, p. e13513545909, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i5.45909. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45909. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde