Fatores associados à prevalência de Sífilis Congênita
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45939Palavras-chave:
Sífilis congênita; Assistência pré-natal; Adesão ao tratamento; Nível de escolaridade; Infecções Sexualmente Transmissível (IST).Resumo
A Sífilis Congênita (SC) é um problema de saúde pública em diversos países em desenvolvimento, como no Brasil, apesar de possuir caráter previnível e de ser uma patologia de fácil tratamento e controle, durante a gestação. A doença infecciosa pode causar diversos desfechos negativos, como aborto espontâneo, parto prematuro, além de graves sequelas neonatais como surdez, cegueira e deficiência mental. O objetivo deste estudo é revisar artigos que abordem os fatores associados à prevalência de Sífilis Congênita. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com artigos transversais publicados no período de janeiro de 2019 a março de 2024, nas bases de dados eletrônicas SciELO, MedLine e LILACS. A estratégia de busca inclui os seguintes descritores em português: (“sífilis congênita” AND “Brasil”); além dos seus respectivos correspondentes no idioma inglês. Os estudos indicam que falhas no pré-natal, tratamento inadequado, ausência do tratamento do parceiro, início precoce da atividade sexual e baixa escolaridade são fatores associados à prevalência da SC. Com isso, torna-se imprescindível uma maior atenção às gestantes em situação de vulnerabilidade social, no âmbito da atenção primária em saúde. Além de ações de educação em saúde, enfatizando a importância do pré-natal em tempo oportuno, realização da terapia preconizada e tratamento do parceiro.
Referências
Amaral, J. V., Araújo, a. A. C., Monteiro, A. K. Da C., Araujo Filho, A. C. A. De, Sales, I. M. M., & Ibiapina, A. R. De S. (2021). Analysis of congenital syphilis in northeastern Brazil. Rev. Epidemiol. Controle Infecç, [1-9]. Https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1362775
Araújo Júnior, D. G., Silva, M. A. M. da, Mesquita, A. L. M., Ferreira, V. E. S., & Linhares, M. S. C. (2021). Epidemiological characterization of congenital syphilis in a health region of the northern zone in the state of Ceará, Brazil. Acta Sci., Health Sci, e55046–e55046. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1369383?src=similardocs
Barcelos, M. R. B, Lima, E. de F. A., Dutra, A. F., Comerio, T., & Primo, C. C. (2022). Sífilis Congênita: análise epidemiológica e evento sentinela da qualidade da assistência ao binômio mãe/recém-nascido. Journal of Human Growth and Development, 32(1), 165 175. https://dx.doi.org/10.36311/jhgd.v32.12513
Brasil. (2023). Sífilis: entre janeiro e junho de 2022, brasil registrou mais de 122 mil novos casos da doença. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/sifilis-entre-janeiro-e-junho-de-2022-brasil-registrou-mais-de-122-mil-novos-casos-da-doenca
Brasil. (2023). Sífilis Congênita. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sifilis-congenita.
Domingues, R. M. S. M., Szwarcwald, C. L., Souza Junior, P. R. B. & Leal, M. do C. (2014). Prevalence of syphilis in pregnancy and prenatal syphilis testing in Brazil: Birth in Brazil study. Revista De Saúde Pública, 48(5), 766–774. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005114
de Farias, M. L. S. A., França, B. S. R., Soares, M. F., & Machado, M. F. (2023). The challenges of the family health strategy in the incidence of congenital syphilis in Pernambuco, Brazil, between 2009 to 2018. ABCS Health Sci. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1518563
de Oliveira, S. I. M., de Oliveira Saraiva, C. O. P., de França, D. F., Ferreira Júnior, M. A., de Melo Lima, L. H., & de Souza, N. L. (2020). Syphilis Notifications and the Triggering Processes for Vertical Transmission: A Cross-Sectional Study. International journal of environmental research and public health, 17(3), 984. https://doi.org/10.3390/ijerph17030984
Figueiredo, D. C. M. M., Figueiredo, A. M., Souza, T. K. B., Tavares, G. & Vianna, R. P. de T. (2020). Relação entre oferta de diagnóstico e tratamento da sífilis na atenção básica sobre a incidência de sífilis gestacional e congênita. Cadernos De Saúde Pública, 36(3) e00074519. https://doi.org/10.1590/0102- 311X00074519
Guimarães, M. P., Rodrigues, M. S., Santana, L. F. E, Gomes, O. V., Silva, K. L. Dos S., Matos, J. V. S. G. & Leal, E. A. S. (2020). Dados alarmantes sobre a notificação de sífilis congênita em uma capital do Norte brasileiro: um estudo transversal. Medicina (Ribeirão Preto), 53(4), 398–404. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i4p398-404
Guimarães, L. L. M., & Ribeiro, A. L. C. (2023). Congenital syphilis in the city of Vitória/ES in 2010 2020. DST J. Bras. Doenças Sex. Transm. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1443623
Heringer, A. L. dos S., Kawa, H., Fonseca, S. C., Brignol, S. M. S., Zarpellon, L. A., & Reis, A. C. (2020). Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016. Revista Panamericana de Salud Pública, 44, 1. https://doi.org/10.26633/rpsp.2020.8
Kirienco, M. S., Hermes-Uliana, C., & Moreira, N. M. (2022). Sífilis congênita em regiões de fronteira internacional brasileira: uma realidade preocupante. Arq. Ciências Saúde UNIPAR, 1002–1018. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1414334
Macêdo, V. C. de, Romaguera, L. M. D., Ramalho, M. O. de A., Vanderlei, L. C. de M., Frias, P. G. de, & Lira, P. I. C. de. (2020). Sífilis na gestação: barreiras na assistência pré-natal para o controle da transmissão vertical. Cadernos Saúde Coletiva, 28(4), 518–528. https://doi.org/10.1590/1414-462x202028040395
Menezes, G. R. de, Filho, A. M. R., & Queiroz, A. P. D. de G. (2023). Sífilis congênita e recusa terapêutica da gestante: análise jurídica e bioética. Revista Bioética, 31. https://doi.org/10.1590/1983-803420233010pt
Moraes, B. Q. S. de, Feitosa, A. de O., Wanderley, R. A., & Machado, M. F. (2021). Trend analysis of clinical aspects of congenital syphilis in Brazil, 2009–2018. Revista Da Associação Médica Brasileira, 67, 991–996. https://doi.org/10.1590/1806-9282.20210432
Moraes, B. Q. S. de, Correia, D. M., & Machado, M. F. (2022). Desafios da sífilis congénita na atenção primária à saúde em Alagoas, Brasil, 2009-2018. Rev. Univ. Ind. Santander, Salud, e324–e324. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1407023
Paiva, M. F. da C. M. de, & Fonseca, S. C. (2023). Sífilis congênita no Município do Rio de Janeiro, 2016-2020: perfil epidemiológico e completude dos registros. Medicina (Ribeirao Preto, Online). https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1442322
Pastro, D. D. O. T., Farias, B. P., Garcia, O. A. G., Gambichler, B. D. S., Meneguetti, D. U. D. O., & Silva, R. do S. U. da. (2019). Prenatal quality and clinical conditions of newborns exposed to syphilis. Journal of Human Growth and Development, 29(2), 249–256. https://doi.org/10.7322/jhgd.v29.9429
Paula, M. A. de, Simões, L. A., Mendes, J. C., Vieira, E. W., Matozinhos, F. P., & Silva, T. M. R. da. (2022). Diagnóstico e tratamento da sífilis em gestantes nos serviços de Atenção Básica. Ciência & Saúde Coletiva, 27(8), 3331–3340. https://doi.org/10.1590/1413-81232022278.05022022
Santana, N. C. S., Lino, C. M., Silva, A. T. C. da, & Batista, M. J. (2023). Factors associated with vertical transmission of syphilis in a city in the State of São Paulo. Rev. Epidemiol. Controle Infecç, 92–100. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/e/biblio-1513198
Santos, I. N., Ribeiro, B. S., Cardoso, L. C., & Soares, C. de J. (2019). Perfil epidemiológico da sifilis congênita no Estado da Bahia, Brasil, 2007 a 2017. Rev. Urug. Enferm, 34–43. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1051426
Soares, J. A. S., Holzmann, A. P. F., Alves, B. B. da S., Lima, C. F. Q., & Caldeira, A. P. (2023). Congenital syphilis: associated factors in a follow-up outpatient clinic. Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online), e2022049–e2022049. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1441051
Soares, C. B., Hoga, L. A. K., Peduzzi, M., Sangaleti, C., Yonekura, T. & Silva, D. R. A. D. (2014). Integrative Review: Concepts And Methods Used In Nursing. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 48(2), 335–345. https://doi.org/10.1590/S0080-6234201400002000020
Silva, M. J. N. da, Barreto, F. R., Costa, M. da C. N., Carvalho, M. S. I. de, & Teixeira, M. da G. (2020). Distribuição da sífilis congênita no estado do Tocantins, 2007-2015*. Epidemiologia E Serviços de Saúde, 29(2). https://doi.org/10.5123/s1679-49742020000200017
Vicente, J. B., Sanguino, G. Z., Riccioppo, M. R. P. L., Santos, M. R. dos, & Furtado, M. C. de C. (2023). Syphilis in pregnancy and congenital syphilis: women’s experiences from the perspective of symbolic interactionism. Rev. Bras. Enferm, e20220210–e20220210 https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1407478
Vizentainer, D. A., Fernandes, J. G. P., Vogel, L. L., & Bigolin, L. M. (2021). Incidência de sífilis congênita no Brasil entre 2008 a 2017. Rev. Assoc. Méd. Rio Gd. Do Sul, 01022105–01022105. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1367547
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Maria Vitória Matos Messias; Walline da Costa Silva Santos; Elineuma Henrique dos Santos; Mirian Pereira da Silva; José Luís Oliveira da Silva; Alexandre Souza Siqueira Mulinari; Marcio Barreto Gonçalves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
