Análise do perfil sociodemográfico dos casos de sífilis gestacional e sífilis congênita em adolescentes residentes no município de Belém entre os anos de 2018 à 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i7.46068Palavras-chave:
Sífilis; Vigilância em saúde pública; Perfil de saúde.Resumo
A sífilis é uma infecção sistêmica causada pela bactéria Treponema pallidum, e está presente no grupo das ISTs mais prevalentes no Brasil. O objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil sociodemográfico dos casos de Sífilis Gestacional (SG) e Congênita (SC) no município de Belém, estado do Pará, Brasil, no período de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo original, descritivo e comparativo, realizado através de dados secundários do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DVIAHV). A pesquisa foi realizada no mês de maio de 2023 e se refere às notificações de casos confirmados de SG e SC. Foram utilizadas variáveis sociodemográficas, sendo para a SG: faixa etária, escolaridade, raça/cor e tratamento, e para a SC: faixa etária, escolaridade, raça/cor, tratamento e pré-natal. O resultado dos cincos anos estudados demonstrou um aumento progressivo dos casos de SG, e de SC uma ocorrência variável, com um aumento expressivo entre os anos de 2018 a 2019, cujo índice de maior incidência foi em mulheres entre 20 a 29 anos, pardas, com ensino médio ou fundamental incompleto. No que se refere a tratamento, em SG um bom quantitativo o realizou, e na SC houve uma maior quantidade de casos de não adesão e de tratamento inadequado. Sobre a realização do pré-natal em SC, das 612mulheres, 146 não o realizaram e 46 o fizeram de forma errônea. Portanto, aumentar medidas para a adesão, controle e orientação adequada do tratamento, poderão gerar respostas favoráveis no processo de atenuação dessa problemática.
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