Energia solar fotovoltaica autônoma na irrigação por pivô central
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i7.46354Palavras-chave:
Autonomia; Controle estatístico; Energia renovável; Uniformidade; Sustentabilidade.Resumo
O trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de um sistema de irrigação por pivô central utilizando energia de um sistema fotovoltaico isolado, através de um estudo quantitativo experimental em laboratório. O fornecimento de energia foi composto por oito módulos fotovoltaicos com potência de 665W e um inversor de frequência de 1,5kW, ligado por fim, diretamente ao sistema de bombeamento. Os parâmetros de potência do sistema fotovoltaico e do motor da bomba de água, foram medidos simultaneamente a coleta da vazão da água do pivô central. O experimento foi conduzido no Núcleo Experimental da Engenharia Agrícola (NEEA) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, realizando 5 dias de coleta com 30 ensaios por dia, totalizando 150 coleta. A geração de energia por parte do sistema fotovoltaico foi instável com coeficiente de variação de 9,82 a 56,74%, já os valores de pressão e vazão mantiveram-se dentro dos valores nominais de especificação de acordo com o índice de capacidade do processo. Os valores de uniformidade ficaram entre 54,78 e 61,38%, portanto classificados como ruins, entretanto destaca-se que a estabilidade da geração de energia melhorou a uniformidade. Os gráficos de controle de Shewhart, definiram que a presença de nuvens, bem como valores baixos de radiação afetam a geração de energia, pressão e vazão do sistema de irrigação, comprometendo a uniformidade. Sendo assim conclui-se que o layout do sistema em estudo não foi satisfatório para uma irrigação adequada por pivô central. Recomendado portanto a utilização de um banco de baterias para estabilizar a geração e consumo de energia.
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