Tratamento endodôntico não cirúrgico de dens invaginatus tipo III com grande radiolucência perirradicular utilizando materiais biocerâmicos: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i8.46478Palavras-chave:
Dens in dente; Dens invaginatus; Materiais biocompatíveis; Relato de caso; Tomografia computadorizada de feixe cônico.Resumo
Dens invaginatus (DI), conhecido também por dens in dente, é uma anomalia dentária incomum no ser humano, caracterizado pelo desenvolvimento morfológico irregular durante o processo de odontogênese, podendo assumir diferentes anatomias, tanto coronárias quanto radiculares. A endodontia de dentes com tal variação exige conhecimento anatômico, planejamento detalhado e utilização de técnicas e materiais especializados. O objetivo deste trabalho é, por meio de um relato de caso, detalhar o tratamento endodôntico não cirúrgico de dens invaginatus tipo III em incisivo lateral superior com lesão periapical extensa, utilizando materiais biocerâmicos. Paciente sexo feminino, 18 anos, foi encaminhada ao centro de referência por um ortodontista após notar em exame radiográfico a presença de extensa lesão periapical no dente 12. Dessa forma, solicitou-se exame de tomografia computadorizada cone beam para avaliação da lesão e da anatomia interna e externa. O tratamento endodôntico foi inteiramente realizado por meio de microscopia operatória, instrumentação mecanizada e obturação termoativada. A descontaminação foi potencializada por meio da utilização da técnica de irrigação ativada e colocação de medicação intracanal biocerâmica, e o reparo periapical pelo cimento obturador biocerâmico. A proservação a longo prazo demonstrou que o tratamento endodôntico conservador, utilizando técnicas modernas, juntamente com a ação do material biocerâmico mostraram-se eficazes na resolução de casos complexos.
Referências
Alani, A., & Bishop, K. (2008). Dens invaginatus. Part 1: classification, prevalence and aetiology. International endodontic journal, 41(12), 1123–1136. https://doi.org/10.1111/j.1365-2591.2008.01468.x.
Al-Haddad, A., & Che Ab Aziz, Z. A. (2016). Bioceramic-Based Root Canal Sealers: A Review. International journal of biomaterials, 2016, 9753210. https://doi.org/10.1155/2016/9753210
Alves Dos Santos, G. N., Sousa-Neto, M. D., Assis, H. C., Lopes-Olhê, F. C., Faria-E-Silva, A. L., Oliveira, M. L., Mazzi-Chaves, J. F., & Candemil, A. P. (2023). Prevalence and morphological analysis of dens invaginatus in anterior teeth using cone beam computed tomography: A systematic review and meta-analysis. Archives of oral biology, 151, 105715. https://doi.org/10.1016/j.archoralbio.2023.105715
Brooks, J. K., & Ribera, M. J. (2014). Successful nonsurgical endodontic outcome of a severely affected permanent maxillary canine with dens invaginatus Oehlers type 3. Journal of endodontics, 40(10), 1702–1707. https://doi.org/10.1016/j.joen.2014.06.008
Broon, N. J., Bortoluzzi, E. A., & Bramante, C. M. (2007). Repair of large periapical radiolucent lesions of endodontic origin without surgical treatment. Australian endodontic journal : the journal of the Australian Society of Endodontology Inc, 33(1), 36–41. https://doi.org/10.1111/j.1747-4477.2007.00046.x
Dong, X., & Xu, X. (2023). Bioceramics in Endodontics: Updates and Future Perspectives. Bioengineering (Basel, Switzerland), 10(3), 354. https://doi.org/10.3390/bioengineering10030354
Girsch, W. J., & McClammy, T. V. (2002). Microscopic removal of dens invaginatus. Journal of endodontics, 28(4), 336–339. https://doi.org/10.1097/00004770-200204000-00020
Gonçalves, A., Gonçalves, M., Oliveira, D. P., & Gonçalves, N. (2002). Dens invaginatus type III: report of a case and 10-year radiographic follow-up. International endodontic journal, 35(10), 873–879. https://doi.org/10.1046/j.1365-2591.2002.00575.x
Hülsmann M. (1997). Dens invaginatus: aetiology, classification, prevalence, diagnosis, and treatment considerations. International endodontic journal, 30(2), 79–90. https://doi.org/10.1046/j.1365-2591.1997.00065.x
Kaneko, T., Sakaue, H., Okiji, T., & Suda, H. (2011). Clinical management of dens invaginatus in a maxillary lateral incisor with the aid of cone-beam computed tomography--a case report. Dental traumatology : official publication of International Association for Dental Traumatology, 27(6), 478–483. https://doi.org/10.1111/j.1600-9657.2011.01021.x
Kato H. (2013). Non-surgical endodontic treatment for dens invaginatus type III using cone beam computed tomography and dental operating microscope: a case report. The Bulletin of Tokyo Dental College, 54(2), 103–108. https://doi.org/10.2209/tdcpublication.54.103
Mao, T., & Neelakantan, P. (2014). Three-dimensional imaging modalities in endodontics. Imaging science in dentistry, 44(3), 177–183. https://doi.org/10.5624/isd.2014.44.3.177
OEHLERS F. A. (1957). Dens invaginatus (dilated composite odontome). II. Associated posterior crown forms and pathogenesis. Oral surgery, oral medicine, and oral pathology, 10(12), 1302–1316. https://doi.org/10.1016/s0030-4220(57)80030-9
OEHLERS F. A. (1957). Dens invaginatus (dilated composite odontome). I. Variations of the invagination process and associated anterior crown forms. Oral surgery, oral medicine, and oral pathology, 10(11), . https://doi.org/10.1016/0030-4220(57)90077-4
Rotstein, I., Stabholz, A., Heling, I., & Friedman, S. (1987). Clinical considerations in the treatment of dens invaginatus. Endodontics & dental traumatology, 3(5), 249–254. https://doi.org/10.1111/j.1600-9657.1987.tb00632.x
Schmitz, M. S., Montagner, F., Flores, C. B., Morari, V. H., Quesada, G. A., & Gomes, B. P. (2010). Management of dens invaginatus type I and open apex: report of three cases. Journal of endodontics, 36(6), 1079–1085. https://doi.org/10.1016/j.joen.2010.02.002
Siqueira, J. F., Jr, Rôças, I. N., Hernández, S. R., Brisson-Suárez, K., Baasch, A. C., Pérez, A. R., & Alves, F. R. F. (2022). Dens Invaginatus: Clinical Implications and Antimicrobial Endodontic Treatment Considerations. Journal of endodontics, 48(2), 161–170. https://doi.org/10.1016/j.joen.2021.11.014
Sokolonski, A. R., Amorim, C. F., Almeida, S. R., Lacerda, L. E., Araújo, D. B., Meyer, R., & Portela, R. D. (2023). Comparative antimicrobial activity of four different endodontic sealers. Brazilian journal of microbiology : [publication of the Brazilian Society for Microbiology], 54(3), 1717–1721. https://doi.org/10.1007/s42770-023-01003-4
Vier-Pelisser, F. V., Pelisser, A., Recuero, L. C., Só, M. V., Borba, M. G., & Figueiredo, J. A. (2012). Use of cone beam computed tomography in the diagnosis, planning and follow up of a type III dens invaginatus case. International endodontic journal, 45(2), 198–208. https://doi.org/10.1111/j.1365-2591.2011.01956.x
Wang, X., Xiao, Y., Song, W., Ye, L., Yang, C., Xing, Y., & Yuan, Z. (2023). Clinical application of calcium silicate-based bioceramics in endodontics. Journal of translational medicine, 21(1), 853. https://doi.org/10.1186/s12967-023-04550-4
Wayama, M. T., Valentim, D., Gomes-Filho, J. E., Cintra, L. T., & Dezan, E., Jr (2014). 18-year follow-up of dens invaginatus: retrograde endodontic treatment. Journal of endodontics, 40(10), 1688–1690. https://doi.org/10.1016/j.joen.2014.01.047
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Bárbara de Assis Marra ; Alexia Mata Galvão; Ana Clara Alves Araújo; Cristiane Melo Caram ; Jessica Monteiro Mendes ; Maria Antonieta Veloso Carvalho de Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
