Uso de terapias imunomoduladoras em pacientes pós-cirúrgicos na terapia intensiva: Benefícios e riscos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i8.46549Palavras-chave:
Imunomoduladores; Recuperação; Unidades de Terapia Intensiva; Complicações pós-operatórias.Resumo
O manejo de pacientes pós-cirúrgicos em UTIs é desafiador devido à gravidade das condições e à necessidade de intervenções avançadas. Terapias imunomoduladoras têm sido estudadas como estratégia promissora para melhorar desfechos clínicos ao regular a resposta imunológica e reduzir complicações após cirurgias. Objetivo e Metodologia: O objetivo do presente artigo é apresentar um estudo de pesquisa bibliográfica integrativa de terapias imunomoduladoras em pacientes pós-cirúrgicos na Terapia Intensiva. Resultados e Discussões: A variedade de aplicações dos imunomoduladores, incluindo tratamentos para condições críticas como Síndrome de Stevens-Johnson, sepse, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e oncológicas. Avanços significativos foram observados em biológicos, imunoterapia, terapias celulares e imunonutrientes, com perfis de segurança e eficácia documentados. Pacientes tratados apresentaram menor incidência de infecções nosocomiais e redução nos marcadores inflamatórios, como PCR e IL-6, contribuindo para melhorias clínicas na UTI. Conclusão: É importante ressaltar os benefícios das terapias imunomoduladoras na redução de complicações e controle de respostas inflamatórias, embora alerte sobre riscos associados, como a supressão imunológica inadequada. São necessárias mais pesquisas para integrar essas terapias nos protocolos clínicos padrão, assegurando-lhes máxima eficácia e plena compreensão dos benefícios e riscos envolvidos.
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