Saneamento e Saúde Ambiental no entorno de áreas com habitação social em Salvador — BA
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4657Palavras-chave:
Saneamento; Saúde Ambiental; Leptospirose; Habitação social.Resumo
A análise de indicadores relacionados à saúde ambiental em conglomerados sociais pode propiciar subsídios a tomada de decisões aos gestores públicos. Neste foco buscou-se associar as configurações de saúde ambiental (infraestrutura sanitária) e risco de ocorrência de casos de leptospirose, no entorno das 31 áreas com edificações do Programa Minha Casa Minha Vida, faixa 1, em Salvador - BA. A estratégia metodológica adotada incorporou a utilização de técnicas de geoprocessamento, para a espacialização das configurações de infraestrutura sanitária, com a criação de mapas temáticos e de densidade. Considerando os hotspots “zonas quentes” gerados observou-se que o processo de seleção das áreas à implantação dos projetos de habitação social obedece uma lógica excludente, concentrando pessoas vulneráveis socioeconomicamente em locais ambientalmente frágeis, implicando numa maior susceptibilidade de ocorrência de doenças negligenciadas. Considera-se como pressuposto estratégico, como contrapartida estadual e/ou municipal, o investimento público preventivo em saneamento básico, pela lógica da economicidade em saúde curativa. Ainda, deveria ser pré-requisito de planejamento, os parâmetros de sanidade ambiental aos empreendedores no processo de seleção, aprovação/liberação de fomento, execução de obras e “habite-se” aos usuários de habitações sociais destas áreas urbanas tangenciais.
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