Sobrevivência dos pacientes coinfectados com HIV e SARS-CoV-2 no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i8.46654Palavras-chave:
HIV; COVID-19; SARS-CoV-2; Síndrome da imunodeficiência adquirida; Coronavírus.Resumo
Introdução: No Brasil, a COVID-19 causou 702.492 mortes até maio de 2023, sobrecarregando os sistemas de saúde. A coinfecção SARS-CoV-2/HIV foi pouco estudada até o momento, porém foi observado que a presença de comorbidade foi responsável por um prognóstico ruim da COVID. Objetivo: Estimar a sobrevida da coorte de pacientes coinfectados pelo SARS-CoV-2 e HIV/aids que foram internados no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG). Metodologia: Estudo epidemiológico observacional retrospectivo de coorte IV coinfectados pelo SARS-CoV-2 que estiveram internados no HUGG – Rede EBSERH - entre fevereiro de 2020 e julho de 2022. A coleta de dados ocorreu através da análise de prontuários. Os critérios de inclusão foram: idade superior a 18 anos, todos os status de infecção HIV. Resultados: Dos 37 participantes, 68% eram masculinos, 35,1% possuíam diagnóstico de HIV há mais de 10 anos; 70,3% apresentaram boa adesão a terapia antirretroviral. Do total, 64,9%, apresentava multimorbidades sendo que em 21,6%, uma das comorbidades estava relacionada ao sistema respiratório. A população estudada se mostrou propensa a evoluir para a forma grave, pois 56,8% apresentou sintomas de SRAG e 29,7% dos pacientes evoluíram para óbito. Pessoas que vivem com HIV e carga viral elevada são mais suscetíveis a falecerem, alterações na tomografia de tórax apresentaram um risco 28 vezes maior de evoluir para óbito. Conclusão: Presença de vidro fosco, sexo masculino e carga viral aumentada predispuseram os pacientes à óbito.
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