Diagnósticos diferenciais essenciais na avaliação clínica da Apendicite Aguda
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i8.46708Palavras-chave:
Apendicite; Diagnóstico Diferencial; Manifestações Clínicas.Resumo
Introdução: A apendicite aguda (AA) ocorre quando há uma obstrução do orifício do apêndice vermiforme, o que resulta em inflamação e distensão progressiva que pode comprometer a vascularização. Diversos mecanismos podem resultar em dor abdominal aguda ou abdome agudo, necessitando de uma compreensão da amplitude das possíveis causas. Objetivo: Identificar os principais diagnósticos diferenciais que mimetizam o quadro clínico da AA e seus possíveis padrões de diferenciação. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Utilizou-se a estratégia PICO para a elaboração da pergunta norteadora. Ademais, realizou-se o cruzamento dos descritores “Apendicite Aguda”, “Diagnóstico Diferencial”, “Apresentação Clínica”, nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Ebscohost, Google Scholar e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Resultados e Discussão: É essencial que o quadro clínico da AA, bem como seus achados laboratoriais e de imagem sejam bem conhecidos, para identificação de possíveis variações que mimetizam a apresentação da dor abdominal característica, como por exemplo em casos de diverticulite cecal e de Meckel, da Doença de Crohn, condições ginecológicas e obstétricas, Linfadenite Mesentérica e cólica renal. Conclusão: o conhecimento detalhado dos diagnósticos diferenciais e o levantamento das hipóteses diagnósticas em casos oportunos é crucial para o manejo clínico adequado de pacientes com dor abdominal aguda, garantindo melhores desfechos e minimizando riscos associados a diagnósticos errôneos.
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