Perfil epidemiológico de sífilis congênita no Nordeste do Brasil entre 2018 e 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i9.46727Palavras-chave:
Sífilis congênita; Infecções sexualmente transmissíveis; Perfil de saúde.Resumo
A Sífilis Congênita (SC) ocorre pela transmissão transplacentária do Treponema pallidum da gestante para o filho. Com isso, o objetivo principal desta pesquisa é descrever o perfil sociodemográfico e epidemiológico da sífilis congênita na região Nordeste do Brasil no período de 2018 a 2022. A proposta metodológica utilizada consiste em um estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, construído mediante coleta de dados secundários disponíveis nas plataformas do Ministério da Saúde (MS), o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Sistema Único de Saúde (SUS) disponível no portal Datasus. Foram notificados no período estudado, 29.431 casos de Sífilis Congênita no Nordeste do Brasil, sendo que a maior concentração dos casos foi em 2021 (n=8.052) e o estado com maior incidência foi Pernambuco (n=8.021), seguido do menor com 1.359 casos, o Piauí. Verificou-se também que as taxas de detecção de SC desta pesquisa sobrepuseram a taxa de incidência mundial, que corresponde a 4,98 casos/1000 nascidos vivos. A partir dos dados verificou-se que ainda existe aumento gradual de acometimentos por SC, o que traz a reflexão a respeito da qualidade assistencial às gestantes. Para tanto é necessário medidas de educação em saúde, bem como melhorias na assistência prestada a este grupo populacional.
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