Análise da taxa de sucesso e insucesso no retratamento endodôntico não cirúrgico de molares em uma população brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i9.46849Palavras-chave:
Endodontia; Molares; Retratamento.Resumo
Objetivo: avaliar, de forma retrospectiva e observacional, a taxa de sucesso no retratamento endodôntico de molares ao longo de 11 anos em uma população brasileira. Metodologia: 280 casos foram analisados a partir dos dados clínicos de prontuários odontológicos e radiografias periapicais digitais, obtidos na Clínica Odontológica Particular EndoMais (Uberlândia/Minas Gerais/Brasil), no período de maio/2012 à maio/2023. Todos os retratamentos averiguados foram realizados com o uso de microscópio operatório e por uma única endodontista. O Índice Periapical (PAI) foi utilizado para complementar a análise radiográfica, por meio da quantificação da presença de alterações periapicais. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão obteve-se um número total de 56 casos. Resultados: a taxa de sucesso dos retratamentos endodônticos de molares ocorreu em 67,85% dos casos. Dentre os 32,15% casos de insucesso, 12,5% e 7,14% possuíam sinais e sintomas clínicos, respectivamente, 28,57% possuíam lesão periapical, 32,14% ainda apresentavam obturação insatisfatória e 3,57% selamento insatisfatório. Conclusão: a infecção intrarradicular, relacionada a tratamento endodôntico inadequado, e a infecção extrarradicular são os principais fatores causais de falhas no retratamento endodôntico. Qualidade da obturação e do selamento coronário devem ser levadas em consideração como pontos críticos para uma maior longevidade do tratamento.
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