Manejo da endometrite crônica infecciosa e crônica degenerativa em éguas: Uma revisão narrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i10.47089Palavras-chave:
Endometrite; Éguas; Reprodução; Crônica.Resumo
A endometrite é uma das principais causas de infertilidade em éguas, sendo caracterizada pela inflamação do endométrio uterino, geralmente causada por bactérias como Streptococcus zooepidemicus e Escherichia coli ou por fungos. O objetivo deste estudo é revisar o manejo da endometrite crônica infecciosa e degenerativa em éguas, abordando os agentes patogênicos envolvidos, métodos de diagnóstico, tratamentos e novas terapias. A metodologia utilizada envolveu uma revisão narrativa da literatura, com busca em bases de dados como Google Scholar, PubMed e Scielo, além de regulamentações de organizações como a OIE. Os resultados destacam a complexidade da endometrite crônica, que pode ser infecciosa, causada por bactérias e fungos, ou degenerativa, como na endometriose crônica, que afeta a fertilidade de forma irreversível. O diagnóstico é realizado por meio de cultura bacteriana, citologia e biópsia do útero. O tratamento inclui o uso de antibióticos e antifúngicos, além de lavagens uterinas para remoção de secreções. Recentemente, terapias alternativas, como imunomoduladores e probióticos, vêm sendo estudadas para combater a resistência antimicrobiana e melhorar a resposta imune local. A endometrite representa um desafio significativo na reprodução equina, especialmente em casos crônicos. A integração de tratamentos tradicionais com abordagens inovadoras pode melhorar as chances de sucesso reprodutivo, mas são necessários mais estudos para avaliar a eficácia dessas terapias a longo prazo.
Referências
Aguiar, D. M., Ribeiro, M. G., Ueno, T. E., et al. (2021). Etiologia e sensibilidade in vitro de microrganismos aeróbicos isolados de endometrite eqüina. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, 88(1), 1-6.
Ávila, A. C. A., Diniz, N. C., Serpa, R. T., Chaves, M. M. B. C., Viu, M. A. O., & de Oliveira, R. A. (2022). Effectiveness of Ozone Therapy in The Treatment of Endometritis in Mares. J Equine Vet Sci, 112, 103900. https://doi.org/10.1016/j.jevs.2022.103900.
Boni, R., & Cecchini Gualandi, S. (2022). Relationship between Oxidative Stress and Endometritis: Exploiting Knowledge Gained in Mares and Cows. Animals (Basel), 12(18), 2403. https://doi.org/10.3390/ani12182403
Botelho, J. H. V., Pessoa, G. O., Caixeta, E. S., Sales, G., de Oliveira, K. R., Nascimento Neto, J. D. P., Ferreira, R. D., & Palhão, M. P. (2024). Does the uterine ozone therapy alter the transcript profile of anti- and proinflammatory genes in mares with endometritis? Reproduction in Domestic Animals, 59(9), e14718. doi: 10.1111/rda.14718. PMID: 39253801
Casarin, S. T., Porto, A. R., Gabatz, R. I. B., Bonow, C. A., Ribeiro, J. P., & Mota, M. S. (2020). Tipos de revisão de literatura: considerações das editoras do Journal of Nursing and Health/Types of literature review: considerations of the editors of the Journal of Nursing and Health. Journal of Nursing and Health,10
Cavalcante, L. T. C., & Oliveira, A. A. S. (2020). Métodos de revisão bibliográfica nos estudos científicos. Psicol. Rev., 26(1). https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2020v26n1p82-100.
Cruz Júnior, J. A. (2016). Manejo da endometrite crônica em éguas: uma revisão de literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Patos.
Franco, L. A. (2023). Endometrite equina: revisão de literatura.
Godoi Bacaro, V. B. (2023). Endometrite equina. Brazilian Journal of Veterinary
Köhne, M., Hofbauer, L., Böttcher, D., Tönissen, A., Hegger, A., Görgens, A., Ulrich, R., & Sieme, H. (2023). Comparison of systemic trimethoprim-sulfadimethoxine treatment and intrauterine ozone application as possible therapies for bacterial endometritis in equine practice. Front Vet Sci, 10, 1102149. https://doi.org/10.3389/fvets.2023.1102149.
LeBlanc, M. M. (2010). Advances in the diagnosis and treatment of chronic infectious and post-mating-induced endometritis in the mare. Reprod Domest Anim, 45(Suppl 2), 21-27. https://doi.org/10.1111/j.1439-0531.2010.01634.x.
Mattos, R. C., Malschitzky, E., & Jobim, M. I. M. (2003). Endometrite na égua. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, 27(2), 150-157.
Mazzuchini, M. P., Lisboa, F. P., Segabinazzi, L. G., & Canisso, I. F. (2024). Equine uterine sanitizer: in vitro inhibition of endometritis-causing microorganisms and its stability to dilute antibiotics. Journal of Equine Veterinary Science, 141, 105163. doi: 10.1016/j.jevs.2024.105163. Epub 2024 Aug 12. PMID: 39142617.
Morrell, J. M., & Rocha, A. (2022). A Novel Approach to Minimising Acute Equine Endometritis That May Help to Prevent the Development of the Chronic State. Front Vet Sci, 8, 799619. https://doi.org/10.3389/fvets.2021.799619.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Ribeiro, T. J. E. (2019). Abordagem à Adaptação da Citocentrifugação no Diagnóstico Citológico de Endometrite Equina.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paul. Enferm., 20(2). https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001
Scoggin, C. F. (2016). Endometritis: Nontraditional Therapies. Vet Clin North Am Equine Pract, 32(3), 499-511. https://doi.org/10.1016/j.cveq.2016.08.002.
Sikora, M., Król, J., Nowak, M., Stefaniak, T., Aubertsson, G., & Kozdrowski, R. (2016). The usefulness of uterine lavage and acute phase protein levels as a diagnostic tool for subclinical endometritis in Icelandic mares. Acta Vet Scand, 58(1), 50. doi: https://doi.org/10.1186/s13028-016-0233-4.
Tyrnenopoulou, P., & Fthenakis, G. C. (2023). Clinical aspects of bacterial distribution and antibiotic resistance in the reproductive system of equids. Antibiotics (Basel), 12(4), 664. doi: 10.3390/antibiotics12040664. PMID: 37107026; PMCID: PMC10135018.
Virendra, A., Gulavane, S. U., Ahmed, Z. A., Reddy, R., Chaudhari, R. J., Gaikwad, S. M., Shelar, R. R., Ingole, S. D., Thorat, V. D., Khanam, A., & Khan, F. A. (2024). Metagenomic analysis unravels novel taxonomic differences in the uterine microbiome between healthy mares and mares with endometritis. Vet Med Sci, 10(2), e1369. https://doi.org/10.1002/vms3.1369.
Watson, E. D. (2000). Post-breeding endometrites in the mare. Animal Reproduction Science, 60-61, 221-232
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Andreia Oliveira Santos; Lídia Ketry Moreira Chaves; Lavínia Soares de Sousa; Danilo Lourenço de Albuquerque; George Estêfano dos Santos Pereira; Janilson Olegário de Melo Filho; Mateus de Melo Lima Waterloo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.