Reflexão sobre a assistência de enfermagem às mulheres em situação de abortamento: Desafios e perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47119Palavras-chave:
Abortamento; Assistência de enfermagem; Acolhimento humanizado; Saúde da mulher; Fatores sociodemográficos.Resumo
O abortamento, um fenômeno que envolve a interrupção de uma gestação, pode ocorrer de forma espontânea ou induzida e está cercado de controvérsias culturais, políticas e éticas. No Brasil, a prática do aborto é ilegal, exceto em casos específicos, o que leva muitas mulheres a buscar métodos inseguros, expondo-se a riscos significativos. O objetivo do presente artigo é apresentar um estudo sobre a percepção das mulheres sobre a assistência de enfermagem recebida durante e após o abortamento, considerando o papel fundamental dos profissionais de enfermagem na oferta de um atendimento humanizado e holístico. Utilizando uma revisão da literatura, foi analisado o conhecimento existente sobre o tema, destacando os fatores socioeconômicos, culturais e demográficos que influenciam o abortamento. Verificou-se que o atendimento de enfermagem deve ir além dos cuidados físicos, abarcando aspectos emocionais e sociais, promovendo um acolhimento ético e empático. Conclui-se que o fortalecimento de práticas de saúde humanizadas é essencial para melhorar a qualidade do atendimento prestado às mulheres em processo de abortamento, bem como para reduzir os impactos físicos e emocionais dessa experiência.
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