Avaliação da insulinoterapia de pacientes diabéticos não críticos internados em um hospital universitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i10.47183Palavras-chave:
Diabetes Mellitus; Pacientes internados; Tratamento farmacológico; Segurança do paciente.Resumo
A hiperglicemia é uma ocorrência comum no ambiente hospitalar e está associada a desfechos negativos. A Diabetes Mellitus tem alta prevalência entre os pacientes internados, e o manejo da hiperglicemia no ambiente hospitalar destes pacientes difere da conduta ambulatorial. O uso de escala móvel como terapia isolada em pacientes com hiperglicemia persistente é contraindicado; no entanto, muitos hospitais utilizam este esquema devido a sua facilidade. O trabalho teve como objetivos descrever e agrupar os diferentes esquemas de insulina utilizados no hospital pelos pacientes diabéticos, traçar perfil destes pacientes, identificar episódios de hiperglicemia e de hipoglicemia e avaliar quantitativamente a presença de dados de glicemia capilar no prontuário eletrônico. Foi realizada uma pesquisa observacional retrospectiva em um hospital universitário que coletou dados de quatro meses e selecionou todos os pacientes diabéticos internados nas clínicas neurológica, infectológica, médica e longa permanência. Alguns dos resultados obtidos mostraram que: a comorbidade mais prevalente, além do diabetes, foi hipertensão arterial; o motivo de internamento mais frequente foi acidente vascular cerebral; o principal esquema prescrito inicialmente para os pacientes foi a escala móvel; a ocorrência de hipoglicemia foi identificada em 13 pacientes, mais da metade dos pacientes apresentaram valores hiperglicêmicos, sendo que 33% apresentaram hiperglicemia descompensada (glicemia >400 mg/dL) e a média de exames realizados e evoluídos no sistema eletrônico em comparação com a quantidade prescrita de hemoglicotestes foi de 84,4%. Este estudo contribuiu para o melhor entendimento de como é realizado o tratamento com insulina de pacientes diabéticos no hospital.
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