Os benefícios do contato pele a pele no pós-parto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47274

Palavras-chave:

Método Canguru; Período Pós-parto; Recém-Nascido.

Resumo

O Contato Pele a Pele (CPP) emergiu como uma prática crucial para melhorar os cuidados neonatais. Neste contexto, o objetivo deste estudo é explorar, por meio de revisão integrativa, os benefícios do contato pele a pele, tanto para a saúde do Recém-Nascido (RN), quanto para a saúde da mãe no pós-parto. Utilizando a estratégia PICO, a busca de artigos foi feita nas bases Google Scholar, BVS, SciELO e PubMed, com descritores como “Período pós-parto” e “Método canguru”. Foram incluídos estudos dos últimos oito anos, em inglês e português, que abordassem o tema de forma clara e estivessem disponíveis gratuitamente. Ao final, 21 artigos foram selecionados e analisados. Os resultados mostram que o CPP oferece diversos benefícios para o binômio tais como: facilitar o início e a manutenção do aleitamento materno; maior ganho de peso em comparação aos controles em recém nascidos prematuros; melhor regulação dos sinais vitais e do desenvolvimento sensorial e emocional do RN; redução do risco de infecção neonatal, da mortalidade e do tempo de internação em UTIs; fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e filho; para a puérpera observa-se alívio da dor no pós-parto, menor risco de hemorragia pós-parto e depressão pós-parto, além de favorecer maior produção de leite materno. Portanto, é notório que o CPP é indispensável para o bem-estar do recém-nascido e da mãe. A implementação dessa prática deve ser incentivada e garantida nos ambientes hospitalares para maximizar seus efeitos positivos.

Referências

Abramovecht, J. et al. (2022). A influência da Golden Hour na qualidade da amamentação de recém-nascidos vivos de um Hospital Universitário do Oeste do Paraná: uma comparação com o instrumento LATCH. Research, Society and Development, 11(17), e102111738817.

Anima. (2014). Manual revisão bibliográfica sistemática integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Grupo Anima. https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/manual_revisao_bibliografica-sistematica-integrativa.pdf

Ayres, L. F. A. et al. (2021) Fatores associados ao contato pele a pele imediato em uma maternidade. Escola Anna Nery, 25(2), e20200116.

Brimdyr, K. et al. (2023). Skin-to-skin contact after birth: Developing a research and practice guideline. Acta paediatrica, 112(8), 1633–1643.

Campos, P. M. et al. (2020) Contato pele a pele e aleitamento materno de recém-nascidos em um hospital universitário. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 41.

Charpak, N., Montealegre‐Pomar, A. & Bohorquez, A. (2020). Systematic review and meta‐analysis suggest that the duration of Kangaroo mother care has a direct impact on neonatal growth. Acta Paediatrica, 110(1).

Cheffer, M. H. et al. (2023). Hora ouro: o primeiro contato entre mãe e recém-nascido. Revista Cereus, 15(1), 69–78.

Cortez, E. N., Ribeiro, M.D.S. & Silva, P. I. G. (2023). Golden Hour: A importância do contato pele a pele na primeira hora pós-parto: uma revisão integrativa da literatura. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 12(6), e20412642220.

Costa, G. A. & Santos, I. M. M. (2024). Contato pele a pele precoce no centro obstétrico pós-parto: uma revisão integrativa da literatura. Contribuciones a las ciencias sociales, 17(7), e8754.

Crossetti, M. G. M. (2012). Revisión integradora de la investigación en enfermería el rigor científico que se le exige. Rev. Gaúcha Enferm. 33(2), 8-9.

Feng, X. & Zhang, Y. (2024). Effects of mother–infant skin-to-skin contact on mother–infant relationship and maternal psychology feelings: A qualitative study. Nursing Open, 11, e218.

Krebs, V. A. et al. (2022). Repercussões fisiológicas e psicossociais do contato pele a pele durante o desenvolvimento do recém-nascido. Brazilian Journal of Health Review, 5(1), 1475–1485.

Kuamoto, R. S., Bueno, M. & Luiza, M. (2021). Contato pele a pele entre mãe e recém-nascido a termo no parto normal: estudo transversal. Revista Brasileira de Enfermagem, 74, e20200026.

Luz, S. C. L. et al. (2021). Método Canguru: potencialidades, barreiras e dificuldades nos cuidados humanizados ao recém-nascido na UTI Neonatal. Revista Brasileira De Enfermagem, 75(2), e20201121.

Monteiro, B. R. et al. (2022). Elements that influenced immediate mother-neonate contact during the golden hour. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 56, e20220015.

Monteiro, B. R. et al. (2023). Contato imediato entre mãe e recém-nascido na primeira hora de vida: um estudo transversal. Rev. Rene (Online), p. e81594–e81594.

Nunes, A. M. L. (2022). A Importância do método canguru para recém-nascidos prematuros e/ou de baixo peso ao nascer. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 8(2), 400–407.

Page, M. J. et al. (2021) PRISMA 2020. Explanation and elaboration: updated guidance and exemplars for reporting systematic reviews. bmj, 372.

Paula, M. K. F. da S. H. D. et al. (2022). A importância do vínculo afetivo mãe bebê para o seu desenvolvimento. Revista Pró-UniverSUS, 13(2), 33–39.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Rosal, F. V. et al. (2022). Análise do índice do contato pele a pele na primeira hora de vida em uma maternidade pública, na cidade de Palmas-TO. Research, Society and Development, 11(15), e414111537460.

Sá, P. L. C. & Rabelo, E. M. (2021). Contato pele-a-pele mãe/filho na primeira hora de vida: uma revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 95(35).

Santos, G. I. et al. (2021). Importância do acompanhante e do contato pele a pele no parto e no nascimento. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, 11(36), 268–275.

Sharm, A. (2016). Efficacy of early skin-to-skin contact on the rate of exclusive breastfeeding in term neonates: a randomized controlled trial. African Health Sciences, 16(3),

Silva, R. M. R. et al. (2022). Valorização do contato pele a pele entre mãe e filho na primeira hora de vida: contribuições da enfermagem. Research, Society and Development, 11(2), e6711225467-e6711225467.

Silva, D. de S. M. et al. (2023). A importância do vínculo mãe-bebê no desenvolvimento infantil. Revista Acadêmica Saúde e Educação FALOG, 1(1).

Silva, M. P. B et al. (2021). A utilização do método canguru em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Research, Society and Development, 10(6), e29310615901.

Snyder, H. (2019). Literature review as a research methodology: An overview and guidelines. Journal of business research, 104, 333-339.

Souza, M. S. et al. (2022). Método Canguru na UTI neonatal: benefícios para a saúde e vínculo materno-infantil. Research, Society and Development, 11(13), e160111335072.

Who Immediate Kmc Study Group. (2021). Immediate “Kangaroo Mother Care” and Survival of Infants with Low Birth Weight. New England Journal of Medicine, 384(2’), 2028–2038.

Downloads

Publicado

07/11/2024

Como Citar

SILVA, R. C. C. da .; MARTINS, F. da M.; CARVALHO, M. E. M. .; GUIMARÃES, Íris I. da S. M. . Os benefícios do contato pele a pele no pós-parto . Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 11, p. e38131147274, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i11.47274. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/47274. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde