Uso da fotobiomodulação como terapia complementar no tratamento da esporotricose felina: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47531Palavras-chave:
Gato; Sporothrix spp; Laserterapia.Resumo
A esporotricose é uma zoonose causada por fungos do complexo Sporothrix, que acomete animais endotérmicos, sendo o gato o animal mais acometido. A transmissão pode ocorrer pela via clássica ou pela via alternativa, sendo a segunda quando um animal com a doença contamina outro animal ou pessoa. O tratamento de eleição para a esporotricose felina é realizado com o itraconazol, consistindo em um tratamento longo e já são relatados casos refratários. A fotobiomodulação é um tratamento alternativo que tem o intuito de auxiliar no tratamento convencional e suas principais vantagens são a analgesia, modulação da inflamação, aceleração da reparação tecidual e uma técnica de fácil aplicação. Este artigo objetiva relatar um caso clínico de esporotricose felina refratária ao tratamento com itraconazol, em que se optou pela associação da laserterapia como suporte ao tratamento convencional. O diagnóstico da doença foi definido a partir do exame citopatológico das lesões cutâneas e o tratamento realizado com o antifúngico itraconazol por via oral associado as sessões semanais de laserterapia, resultando em remissão completa dos sinais clínicos. Este estudo reforça a importância de investigar e implementar terapias alternativas no manejo da esporotricose felina, evidenciando a fotobiomodulação como uma excelente opção complementar no tratamento desta enfermidade.
Referências
Andrade, F. S., Clark, R. M., & Ferreira, M. L. (2014). Effects of low-level laser therapy on wound healing. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 41(2), 129–133.
Barros, M. B., Schubach, A. O., Schubach, T. M., Wanke, B., & Lambert-Passos, S. R. (2008). An epidemic of sporotrichosis in Rio de Janeiro, Brazil: epidemiological aspects of a series of cases. Epidemiology and infection, 136(9), 1192–1196.
Gilaberte, Y., Aspiroz, C., Alejandre, M. C., Andres-Ciriano, E., Fortuño, B., Charlez, L., Revillo, M. J., Hamblin, M. R., & Rezusta, A. (2014). Cutaneous sporotrichosis treated with photodynamic therapy: an in vitro and in vivo study. Photomed Laser Surg., 32(1), 54-7.
Gremião, I. D. F., RochaE. M. S, Montenegro, H., Carneiro, A. J. B., Xavier, M. O., de Farias, M. R., Monti, F., Mansho, W., de Macedo Assunção Pereira, R. H., Pereira, S. A., & Lopes-Bezerra, L. M. (2020). Guideline for the management of feline sporotrichosis caused by Sporothrix brasiliensis and literature revision. Brazilian journal of microbiology, 52(1), 107–124.
Gremião, I. D., Menezes, R. C., Schubach, T. M., Figueiredo, A. B., Cavalcanti, M. C., & Pereira, S. A. (2015). Feline sporotrichosis: epidemiological and clinical aspects. Medical mycology, 53(1), 15–21.
Gross, D. M. (2014). Introduction to therapeutic lasers in a rehabilitation setting. Topics in companion animal medicine, 29(2), 49–53.
Gurr E. Synthetic dyes in biology, medicine and chemistry. New York: Academic Press; 1971.
Henriques, Á. C. G.; Cazal, C.; Castro, J. F. L. de. (2010). Ação da laserterapia no processo de proliferação e diferenciação celular: revisão da literatura. Revista Do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 37(4), 295–302.
Melo, A. F., Carvalho, G. F., Pomim, G. P., Garcia, M. da S., Neves, P. M. de S., Silva, R. A. B., & Frias, D. F. R. (2021). Utilização de terapia fotodinâmica e fotobiomodulação como terapias complementares no tratamento da esporotricose em felinos. Revista Cereus, 13(3), 207-217.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Pereira, S. A., Gremião, I. D. F., Kitada, A. A. B., Boechat, J. S., Viana, P. G., & Schubach, T. M. P. (2014). The epidemiological scenario of feline sporotrichosis in Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 47(3), 392-393.
Pereira, S. A., Menezes, R. C., Gremião, I. D., Silva, J. N., de O. Honse, C., Figueiredo, F. B., Silva, D. T., Kitada, A. A., Reis, E. G., & Schubach, T. M. (2011). Sensitivity of cytopathological examination in the diagnosis of feline sporotrichosis. Journal of feline medicine and surgery, 13(4), 220-223.
Pereira, S. A., Schubach, T. M. P., Gremião, I. D. F., Silva, D. T., Figueiredo, F. B., Assis, N. V., & Passos, S. R. L. (2009). Aspectos terapêuticos da esporotricose felina. Acta Scientiae Veterinariae, 37(4), 311-321.
Perin, M. L. C., Correia, J. A., Andrade, V. S. D., Duarte, M. L., & Primo, L. G. (2023). Guia de segurança para usuários do laser de baixa potência. UFRJ.
Podestá, R. L. P. Jr., Costa, B. E., Silva, E. N., Santos, T. C. F., Costa, L. F., Prado, B. B., Salles, B. C. C., Oliveira, N. M. S., Garcia, J. A. D., & Muratori, M. C. S. (2022). Esporotricose felina: Conduta clínica, diagnóstico e tratamento preconizado no município de Vitória-ES. Research, Society and Development, 11(10).
Ribeiro, D. S. C., Machado, L. J., Pereira, J. G., Baptista, A. R. de S., & da Rocha, E. M. da S. (2023). Laser therapy in the treatment of feline sporotrichosis: A case series. Brazilian Journal of Veterinary Medicine, 45, e005822. https://doi.org/10.29374/2527-2179.bjvm005822
Reis, É. G., Schubach, T. M., Pereira, S. A., Silva, J. N., Carvalho, B. W., Quintana, M. S., & Gremião, I. D. (2016). Association of itraconazole and potassium iodide in the treatment of feline sporotrichosis: a prospective study. Medical mycology, 54(7), 684–690. https://doi.org/10.1093/mmy/myw027
Rodrigues, A. M., Della Terra, P. P., Gremião, I. D., Pereira, S. A., Orofino-Costa, R., & de Camargo, Z. P. (2020). The threat of emerging and re-emerging pathogenic Sporothrix species. Mycopathologia, 185(5), 813-842.
Rodrigues, A. M., Gonçalves, S. S., de Carvalho, J. A., Borba-Santos, L. P., Rozental, S., & Camargo, Z. P. (2022). Current Progress on Epidemiology, Diagnosis, and Treatment of Sporotrichosis and Their Future Trends. Journal of fungi, 8(8), 776.
Schubach, T. M., Schubach, A., Okamoto, T., Barros, M. B., Figueiredo, F. B., Cuzzi, T., Fialho-Monteiro, P. C., Reis, R. S., Perez, M. A., & Wanke, B. (2004). Evaluation of an epidemic of sporotrichosis in cats: 347 cases (1998-2001). Journal of the American Veterinary Medical Association, 224(10), 1623–1629.
Silva, J. N., Passos, S. R. L., Menezes, R. C., Gremião, I. D. F., Schubach, T. M. P., Oliveira, J. C., Figueiredo, A. B. F., & Pereira, S. A. (2015). Diagnostic accuracy assessment of cytopathological examination of feline sporotrichosis. Medical mycology, 53(8), 880–884.
Silva, W. R., Almeida, M. V. C., Gominho, L., Albuquerque, A. C. M. M., Cavalcanti, U. D. N. T., Cavalcanti, L. F. S., & Romeiro, K. (2024). Photodynamic therapy in the coadjuvant treatment of Sporothrix schenckii complex. Special care in dentistry: official publication of the American Association of Hospital Dentists, 44(2), 486-490.
Teodoro, P. S., & Fernandes, H. V. D. S. (2020). O uso da terapia fotodinâmica como método alternativo de tratamento da candidíase oral. Revista Arquivos Científicos (IMMES), 3(1), 14-23.
Tóffoli, E. L., Ferreira, F. M. S., Cisi, V. L., Domingues, L. M. (2022). Esporotricose, um problema de saúde pública: Revisão. Pubvet, 16(12), e1280.
Zamboni, R., Alberti, T. S., Scheid, H. V., Cardoso, L. S. A. B., Bonel, J., Raffi, M. B., & Sallis, E. S. V. (2022). Estudo retrospectivo de esporotricose em felinos domésticos (Felis catus domesticus) errantes na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, em um período de 10 anos (2012-2022). Research, Society and Development, 11(2): e55911226102. DOI:10.33448/rsd-v11i2.26102.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Natália Vinhosa Bruno; Isabela Maria da Silva Antonio; Elisa Ferrari
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
