Tendências a transtornos alimentares entre escaladores esportivos: Um estudo observacional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47715Palavras-chave:
Transtorno alimentar; Exercício físico; Ciência e saúde; Saúde mental; Socioantropologia da nutrição.Resumo
Introdução: A escalada esportiva, uma atividade desafiadora que envolve vias de escalada de até 50 metros de altura ou blocos de até 6 metros, tem crescido em popularidade, especialmente após sua inclusão como esporte olímpico em 2016. Objetivo: investigar a prevalência e os fatores associados aos transtornos alimentares entre escaladores do Distrito Federal e Goiás. Métodos: trata-se de um estudo transversal observacional que envolveu a aplicação de um questionário online, por meio do Google Forms, com perguntas sobre hábitos alimentares, baseado no Eating Attitudes Test-26 (EAT-26), um instrumento amplamente utilizado para avaliar comportamentos alimentares relacionados a transtornos alimentares. A amostra foi composta por 135 participantes, adultos, de ambos os sexos, selecionados por conveniência entre escaladores de diferentes níveis de experiência e estilos de escalada. Resultados e Discussão: A maioria dos participantes expressou preocupações com peso e alimentação, com 54,2% temendo engordar e 75,6% preocupados com os alimentos. Em relação ao estado nutricional, 82,7% estavam eutróficos, e a maioria acredita que o peso corporal impacta o desempenho na escalada (62,9%). Conclusão: A valorização da evolução na escalada e a crença de que a alimentação impacta diretamente o bem-estar sugerem uma conscientização sobre a importância de fatores físicos e psicológicos no esporte. Esses achados podem orientar futuras intervenções voltadas para o equilíbrio entre saúde mental, alimentação e performance esportiva.
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