Milho segunda safra consorciado com forragens e correção do solo: produtividade e distribuição das raízes das forrageiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4778Palavras-chave:
Urochloa spp; Zea mays; Acidez do solo; Palhada; Sistemas produtivos.Resumo
A correção dos solos é uma prática obrigatória que visa diminuir os efeitos nocivos da acidez, promover melhor desenvolvimento das plantas garantindo o potencial produtivo agrícola. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade do milho em monocultivo e/ou consorciado e estudar o comportamento das raízes de Urochloa spp em função de diferentes combinações de correção química do solo sob condição de sequeiro. O experimento foi conduzido no município de Selvíria, MS, Brasil em LATOSSOLO VERMELHO distrófico. O delineamento do experimento foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas e três repetições. Os tratamentos de correção foram dispostos nas parcelas (controle, gesso, calcário (0 - 0,2 m); calcário e gesso (0 - 0,2 m); calcário (0 - 0,4 m); calcário e gesso (0 - 0,4 m)), e as subparcelas foram ocupadas milho solteiro, milho consorciado com U. ruziziensis ou consorciado com híbrido Mulato II (Convert HD 364). Os consórcios produziram quantidades suficientes de palha para iniciar e/ou manter o sistema de plantio direto na região do Cerrado e a presença das forrageiras na cultura do milho não influenciou o rendimento de grãos. O híbrido Mulato II possui maior diâmetro radicular, sendo mais indicado para solos compactados, embora a U. ruziziensis tenha obtido os maiores comprimentos radiculares.
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