A eficácia do tai chi para a doença de Parkinson: Uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47834Palavras-chave:
Tai Chi Chuan; Doença de Parkinson; Exercício Físico; Terapêutica.Resumo
O objetivo desta revisão foi avaliar a eficácia do tai chi como intervenção terapêutica para a doença de Parkinson (DP). A pesquisa foi realizada bases de dados do Google Acadêmico, base de Periódicos CAPES e, PubMed, abrangendo o período de 2013 a 2023, sem restrições de idioma, incluindo todos os tipos de estudos clínicos, independentemente do desenho metodológico. Dos sete estudos selecionados, um ensaio clínico randomizado indicou que o tai chi apresentou melhores resultados na Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) e na prevenção de quedas, quando comparado ao exercício convencional. Outro ensaio clínico randomizado não identificou benefícios significativos do tai chi sobre a capacidade locomotora em relação a outras atividades físicas. Um terceiro ensaio clínico randomizado revelou ausência de impacto do tai chi nos escores de UPDRS e nos questionários específicos para DP, quando comparado a um grupo controle em lista de espera. Os estudos restantes consistiram em um ensaio clínico não randomizado e três estudos não controlados. De forma geral, os dados sugerem que os ensaios clínicos randomizados que avaliam o tai chi como abordagem para a DP são viáveis, porém ainda limitados. Muitas dessas pesquisas apresentam fragilidades metodológicas, como desenho inadequado, relatórios incompletos de resultados, amostras pequenas e ausência de revisão por pares adequada. Em síntese, as evidências disponíveis são insuficientes para recomendar o tai chi como uma intervenção eficaz para a DP. Investigações adicionais são imprescindíveis para explorar potenciais benefícios do tai chi para indivíduos com DP.
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