Benefícios fisiológicos e psicológicos da dança em crianças e adolescentes: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47835Palavras-chave:
Dança; Fisiologia; Psicologia Cognitiva; Criança; Saúde do Adolescente.Resumo
O presente estudo teve como objetivo examinar os benefícios fisiológicos e psicológicos da dança, bem como seus efeitos em crianças e adolescentes. Também analisamos os tipos de dança aplicados em disciplinas e as metodologias utilizadas, investigando a dança como modalidade diferenciada para promover maior atividade física. A pesquisa foi realizada com base em estudos publicados nas últimas duas décadas em bases renomadas, como PubMed, MEDLINE e Web of Science, considerando apenas artigos revisados por pares e em inglês. Os resultados indicaram que a dança é uma alternativa eficaz às formas tradicionais de atividade física, proporcionando benefícios tanto para a população saudável quanto para aqueles com comprometimentos clínicos. A adoção de programas baseados na dança exige seu reconhecimento como estratégia de promoção da saúde, além de suporte financeiro e político para sua implementação. As conclusões destacam a necessidade de mudanças integradas nas políticas públicas de saúde, incluindo o incentivo ao debate e a formulação de legislações específicas que incorporam a dança como modalidade complementar. Tais medidas ampliam seu impacto como ferramenta de promoção da saúde pública, demonstrando sua relevância para melhorar a qualidade de vida de diversas questões.
Referências
Aithal S., Moula Z., Karkou V., Karaminis T., Powell J., & Makris S. (2021). Uma revisão sistemática da contribuição da psicoterapia de movimento de dança para o bem-estar de crianças com transtornos do espectro autista. Frente. Psico. 12, 719673. doi:10.3389/fpsyg.2021.719673
Anima. (2014). Manual revisão bibliográfica sistemática integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Grupo Anima. https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/manual_revisao_bibliografica-sistematica-integrativa.pdf.
Bollimbala A., James P. S, & Ganguli S. (2019). Impacto da atividade física aguda no pensamento divergente e convergente de crianças: o papel mediador de um baixo índice de massa corporal. Percept. Mot. Ski. 126(4), 603–622. doi:10.1177/0031512519846768
Braithwaite I., Stewart A. W, Hancox R. J, Beasley R., Murphy R., & Mitchell E. A (2013). A Associação Mundial entre Assistir Televisão e Obesidade em Crianças e Adolescentes: Estudo Transversal. PLoS ONE 8 (9), e74263. doi:10.1371/journal.pone.0074263
Carson V., Lee EY, Hewitt L., Jennings C., Hunter S., Kuzik N., et al. (2017). Revisão sistemática das relações entre atividade física e indicadores de saúde nos primeiros anos (0-4 anos). BMC Public Health 17 (Suppl. 5), 854. doi:10.1186/s12889-017-4860-0
Crossetti, M. G. M. (2012). Revisión integradora de la investigación en enfermería el rigor científico que se le exige. Rev. Gaúcha Enferm. 33(2): 8-9.
Duberg A., Hagberg L., Sunvisson H., & Möller M. (2013). Influenciando a autoavaliação de saúde entre adolescentes com intervenção de dança: um ensaio clínico randomizado. JAMA Pediatr. 167 (1), 27–31. doi:10.1001/jamapediatrics.2013.421
Duberg A., Jutengren G., Hagberg L., & Möller M. (2020). Os efeitos de uma intervenção de dança em sintomas somáticos e sofrimento emocional em meninas adolescentes: um ensaio clínico randomizado. J. Int. Med. Res. 48 (2), 300060520902610. doi:10.1177/0300060520902610
Högström S., Philipson A., Ekstav L., Eriksson M., Fagerberg U. L, & Falk E. (2022). Dança e ioga reduziram a dor abdominal funcional em meninas: um ensaio clínico randomizado. Eur. J. Pain (Reino Unido) 26 (2), 336–348. doi:10.1002/ejp.1862
Kieling C., Baker-Henningham H., Belfer M., Conti G., Ertem I., Omigbodun O., et al. (2011). Saúde mental infantil e adolescente em todo o mundo: evidências para ação. Lancet 378 (9801), 1515–1525. doi:10.1016/s0140-6736(11)60827-1
Jensen K. A (2017). 7 Passos para a Busca Pico Perfeita: Prática de Enfermagem Baseada em Evidências, EBSCO Health, 1‐9
Jeong Y.-J., Hong S.-C., Lee MS, Park M.-C., Kim Y.-K., & Suh C.-M. (2005). A terapia de movimento de dança melhora as respostas emocionais e modula os neuro-hormônios em adolescentes com depressão leve. Int. J. Neurosci. 115(12), 1711–1720. doi:10.1080/00207450590958574
Lund C., Brooke-Sumner C., Baingana F., Baron E. C, Breuer E., Chandra P., et al. (2018). Determinantes sociais de transtornos mentais e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: uma revisão sistemática de revisões. Lancet Psychiatry 5 (4), 357–369. doi:10.1016/s2215-0366(18)30060-9
Mansfield L., Kay T., Meads C., Grigsby-Duffy L., Lane J., John A., et al. (2018). Intervenções de esporte e dança para jovens saudáveis (15-24 anos) para promover o bem-estar subjetivo: uma revisão sistemática. BMJ Open 8 (7), e020959. doi:10.1136/bmjopen-2017-020959
Mattos, P. C. (2015). Tipos de revisão de literatura. Unesp, 1-9. https://www.fca.unesp.br/Home/Biblioteca/tipos-de-evisao-de-literatura.pdf.
May T., Chan ES, Lindor E., McGinley J., Skouteris H., Austin D., et al. (2021). Efeitos físicos, cognitivos, psicológicos e sociais da dança em crianças com deficiência: revisão sistemática e meta-análise. Disabil. Rehabilitation 43 (1), 13–26. doi:10.1080/09638288.2019.1615139
Morris J. G, Gorely T., Sedgwick M. J, Nevill A., & Nevill M. E (2013). Efeito do Programa de Grandes Atividades em Comportamentos de Estilo de Vida Saudável em Crianças de 7 a 11 Anos. J. Sports Sci. 31 (12), 1280–1293. doi:10.1080/02640414.2013.781665
OMS (2020). OMS | Atividade física - Ficha informativa 2022-04-21, OMS, Ficha informativa. https://www.who.int/en/news-room/fact-s.
O'Neill J. R, Pate R. R, & Hooker S. P (2011). A contribuição da dança para a atividade física diária entre meninas adolescentes. Int. J. Behav. Nutr. Phys. Activity 8, 87. doi:10.1186/1479-5868-8-87
Oppici L., Rudd J. R, Buszard T., & Spittle S. (2020). Eficácia de um currículo de educação física de dança (RCT) de 7 semanas com diferentes pedagogias de ensino e níveis de desafio cognitivo para melhorar a capacidade de memória de trabalho e a competência motora em crianças de 8 a 10 anos. Psychol. Sport Exerc. 50, 101675. doi:10.1016/j.psychsport.2020.101675
Raghupathy M. K., Divya M., & Karthikbabu S. (2021). Effects of Traditional Indian Dance on Motor Skills and Balance in Children with Down Syndrome. J. Mot. Behav. 54, 212–221. doi:10.1080/00222895.2021.1941736
Rudd J., Buszard T., Spittle S., O'Callaghan L., Oppici L. (2021). Comparando a eficácia (RCT) de aprender uma coreografia de dança e praticar dança criativa na melhoria das funções executivas e competência motora em crianças de 6 a 7 anos. Psychol. Sport Exerc. 53, 101846. doi:10.1016/j.psychsport.2020.101846
Sandberg E., Möller M., Särnblad S., Appelros P., & Duberg A. (2021). Intervenção de dança para meninas adolescentes: efeitos no cansaço diurno, alerta e satisfação escolar. Um ensaio clínico randomizado controlado. J. Bodyw. Mov. Ther. 26, 505–514. doi:10.1016/j.jbmt.2020.09.001
Sheppard A., & Broughton M. C (2020). Promovendo bem-estar e saúde por meio da participação ativa em música e dança: uma revisão sistemática. Int. J. Qual. Stud. Saúde Bem-estar 15 (1), 1732526. doi:10.1080/17482631.2020.1732526
Slater A., & Tiggemann M. (2010). "Não é legal praticar esporte": um estudo de grupo focal sobre as razões de meninas adolescentes para se retirarem da atividade física. Psychol. Sport Exerc. 11 (6), 619–626. doi:10.1016/j.psychsport.2010.07.006
Staiano A. E, Beyl R. A, Hsia D. S, Katzmarzyk P. T, & Newton R. L (2017a). Doze semanas de exergame de dança em meninas adolescentes com sobrepeso e obesidade: efeitos de transferência na atividade física, tempo de tela e autoeficácia. J. Sport Health Sci. 6(1), 4–10. doi:10.1016/j.jshs.2016.11.005
Staiano A. E, Marker A. M, Beyl R. A, Hsia D. S, Katzmarzyk P. T, &Newton R. L (2017b). Um ensaio clínico randomizado controlado de exergaming de dança para treinamento de exercícios em meninas adolescentes com sobrepeso e obesidade. Pediatr. Obes. 12(2), 120–128. doi:10.1111/ijpo.12117
Tao D., Supriya R., Gao Y., Li F., Liang W., Jiao J., et al. (2021). Demência e dança: medicação ou movimento? Phys. Activity Health 5(1), 250–254. doi:10.5334/paah.138
Wagener T. L, Fedele D. A, Mignogna M. R, Hester C. N, & Gillaspy S. R (2012). Efeitos psicológicos de exergaming em grupo baseado em dança em adolescentes obesos. Pediatr. Obes. 7(5), e68–74. doi:10.1111/j.2047-6310.2012.00065.x
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Iago Santarém da Silva; Luis Henrique da Silva Lima; Alessandra Bárbara César de Freitas Boaventura; Joaquim Albuquerque Viana
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
